Por DefesaNet
A Alemanha planeja expandir significativamente sua frota de caças de quinta geração F-35A Lightning II, fabricados pela norte-americana Lockheed Martin. Segundo fontes em Berlim, o governo pretende adquirir mais 15 aeronaves, elevando o total planejado para 50 unidades. O investimento adicional, estimado em US$ 2,9 bilhões, será submetido à aprovação do comitê de orçamento do Bundestag nas próximas semanas.
O novo pacote integra o esforço estratégico da Alemanha para modernizar sua aviação de combate e fortalecer a postura de dissuasão da OTAN diante da crescente instabilidade no Leste Europeu. As aeronaves substituirão gradualmente a envelhecida frota de Tornados IDS/ECR da Luftwaffe, que há décadas cumprem o papel de vetor nuclear sob o programa de compartilhamento de armas nucleares da aliança.
O F-35A foi selecionado pela Alemanha em 2022, dentro do fundo especial de US$ 116 bilhões criado pelo chanceler Olaf Scholz após a invasão da Ucrânia pela Rússia. A aquisição inicial previa 35 aeronaves, com entregas programadas a partir de 2026, acompanhadas de obras de modernização da infraestrutura da Base Aérea de Büchel, onde o esquadrão nuclear da Luftwaffe será baseado.
Com a ampliação da frota, Berlim consolida sua adesão ao ecossistema tecnológico e operacional dos F-35 na OTAN, do qual já fazem parte Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Noruega, Países Baixos, Finlândia, Dinamarca, Bélgica e Polônia. O caça se destaca por suas capacidades furtivas, sensores integrados e interoperabilidade em redes táticas multinacionais, elementos essenciais para operações conjuntas no ambiente de combate moderno.

Segundo documentos internos do Ministério da Defesa alemão, a decisão reflete uma política de maior integração com os Estados Unidos e de reforço da credibilidade da dissuasão nuclear aliada. Em um contexto de rearmamento europeu e aumento das tensões no flanco leste da OTAN, o incremento de 15 aeronaves representa não apenas um salto operacional, mas também um sinal político do comprometimento de Berlim com a defesa coletiva europeia.
A medida insere-se em uma tendência mais ampla entre os países da OTAN, que buscam acelerar programas de rearmamento e modernização após 2022, visando responder de forma mais ágil a ameaças convencionais e híbridas.




















