Equipamento é utilizado em situações de baixa luminosidade, no caso em missões de reconhecimento de terreno, identificação do alvo e orientação espacial das aeronaves
Agência Força Aérea, por Ten Gabrielle Varela
Nessa fase avançada da Operação Atlas, em Roraima, a Força Aérea Brasileira (FAB) empregou as aeronaves de caça A-1M, do Primeiro Esquadrão do Décimo Grupo de Avião (1º/10º GAV – Esquadrão Poker), A-29 Super Tucano, do Primeiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (1º/3º GAV – Esquadrão Escorpião), e H-60L Black Hawk, do Sétimo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (7º/8º GAV – Esquadrão Harpia), juntamente com militares do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS PARA-SAR) para promover apoio de fogo para tropas em movimentos ofensivos e defensivos, inclusive, em operações com baixa luminosidade, como essa missão de combate durante a noite, que foram utilizados óculos de visão noturna (NVG – Night Vision Goggle) e sistemas de designação laser.
Essa manobra da Força Terrestre foi executada com as aeronaves disparando munição real sobre alvos dispostos em áreas específicas. Além do emprego de armamento de cano e bombas, as aeronaves utilizaram sensores para visualização de amplas faixas do terreno, o que permitiu acelerar o ciclo decisório de combate das tropas amigas e atingir os alvos com precisão.
Para ocorrer a inserção de militares especializados na área de interesse, o H-60L Black Hawk do Esquadrão Harpia realizou ações de Infiltração e Exfiltração Aérea de Forças Especiais visando a alcançar área de combate discretamente e com segurança.
“Basicamente, na Operação Atlas, a gente utiliza as aeronaves de asas rotativas para fazer infiltração e exfiltração dos GAAs no terreno, e ainda é utilizada navegação NOE, mais conhecida como NAP of the Earth, onde a gente voa a uma altura entre nove e quinze metros. Com isso, é possível fazer evasões, utilizando o terreno como camuflagem e chegando ao ponto de infiltração, seja através de pouso, de rapel ou de fast rope”, explicou o Comandante da aeronave, Capitão Aviador Daniel Beltramini Ramos.
O PARA-SAR realiza o Guiamento Aéreo Avançado (GAA), sendo a Ação de Força Aérea que consiste em empregar meios para coordenar, a partir do solo, o ataque de aeronaves contra alvos oponentes.

“Numa situação de combate, o GAA fica ao lado do Comandante da Força de Superfície e conhece as necessidades de destruição, tendo um papel fundamental para identificar o ponto mais oportuno para o ataque às forças de superfície”, completou o Comandante do EAS-PARASAR, Tenente-Coronel de Infantaria Igor Duarte Fernandes.
Já as aeronaves A-1M do Esquadrão Poker empregam o Controle Aéreo Avançado (CAA) para coordenar as ações de Apoio Aéreo Aproximado contra alvos oponentes. O Controlador Aéreo Avançado opera a partir do ar, mantendo comunicação constante com o comandante da força de superfície, a fim de integrar as ações aéreas e terrestres.
“O CAA é uma das principais ações realizadas pelo 1º/10º GAV, cuja aeronave A-1M dispõe de todas as capacidades para potencializar os resultados nesse tipo de missão, seja em ambientes diurnos ou noturnos, especialmente devido à sua performance, capacidade bélica e utilização de sensores, para direcionar a aeronave que vai realizar o ataque”, disse o Supervisor de Operações do Esquadrão Poker, Major Aviador Guilherme Maia Afonso.
As aeronaves A-29 Super Tucano executam a ação de Apoio Aéreo Aproximado (ApAA), que consiste em empregar o meio aéreo para detectar, identificar e neutralizar forças oponentes que estejam em contato direto com forças de superfície, em coordenação com o GAA e com o CAA.



“No contexto da Operação Atlas, as aeronaves A-29 do Esquadrão Escorpião desempenham um papel fundamental, pois empregam a aeronave como plataforma d’armas para prover apoio de fogo, com diferentes tipos de armamentos, seja a missão diurna ou noturna, para auxiliar as ações das forças amigas, o que requer um alto nível de coordenação entre todos os envolvidos. Esse modelo de atuação aprimora a sinergia entre tripulações e tropas terrestres, prepara nossos militares para lidar com conflitos regulares e irregulares, e consolida uma doutrina de integração no ambiente amazônico”, afirmou o Comandante do Esquadrão Escorpião, Tenente-Coronel Aviador Paulo Roberto Falcão.
Operação Atlas
A Operação Atlas é o maior exercício das Forças Armadas realizado em 2025, sob coordenação do Ministério da Defesa, que promove um esforço integrado para capacitar e aprimorar a prontidão operacional para enfrentar os maiores desafios impostos por áreas estratégicas, como a região Amazônica.
Fotos: Ten Gabrielle Varela, Sargento André Souza/ CECOMSAER; Esquadrão Poker e Esquadrão Escorpião





















