Michel Temer – Próximo presidente precisa pacificar e reconstruir o País

Nota DefesaNet

Pacificação ou Rendição?

O ex-presidente Michel Temer lançou a sua candidatura à Presidência da República com a plataforma de "Pacificação Nacional".

Porém, o que temos nada mais é que uma "Rendição à la Piñera".

O Editor

MARCELO DE MORAES

O Estado de São Paulo

31 Dezembro 2021

Brasília

Quem vencer a próxima eleição para o Palácio do Planalto, em 2022, precisará assumir a tarefa de "pacificar e reconstruir o País". A avaliação é do ex-presidente Michel Temer, que tem sido acionado para atuar como uma espécie de conciliador em crises institucionais como a que envolveu, por exemplo, o presidente,lair Bolsonaro e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre dc Moraes.

"O próximo presidente tem de fazer uma coisa que é pacificar o Pais", afirmou Temer ao Estadão. "Precisa pacificar tudo, aparar as divergências que aconteceram e reconstruir o Brasil. Precisa dizer. VAMOS reconstruir com todos unidos. E o que significa pacificar o Pais? É começar do zero e, agora, vamos caminhar todos juntos. Vamos reconstruir o Pais, ampliar o diálogo", insistiu.

Temer citou, Inclusive, o exemplo do discurso feito pelo presidente dos Estados Unidos, Biden, logo após sua vitória. sobre Donald Trump. Na ocasião, a disputa eleitoral americana foi marcada por acusações de fraudes feitas por Trurnp, sem apresentar qualquer prova que atestasse isso, e também pelo ataque de seus seguidores mais radicais ao Capitólio. "O presidente Biden fez um discurso pela paz que foi muito bem recebido num momento muito tenso da politica dos Estados Unidos", lembrou Temer.

CONSELHOS. No atual governo, o ex-presidente tem sido procurado por Bolsonaro para se aconselhar em situações politicas de alta tensão. Logo depois das manifestações antidemocráticas do presidente e de apoiadores no 7 de Setembro, a relação do Palácio do Planalto com o Supremo, especialmente com o ministro  Alexandre de Moraes – a quem chamou de "canalha" – parecia caminhar para uma ruptura inevitável de oonsequências institucionais gravíssimas. Diante da péssima reação da opinião pública dos outros Poderes Bolsonaro recuou dos ataques, após se aconselhar com Temer.

CARTA. Chamado em Brasilia para tentar ajudar a contornar a crise, o ex-presidente acabou redigindo urna "Declaração à Nação", assinada por Bolsonaro. No texto, ele recuou dos ataques. "Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes, A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar”, argumentou.

Agora, Temer sai em defesa da Idéia da "pacificação nacional" como. forma de o Brasil retomar seu caminho de recuperação. "A mensagem que o próximo presidente deve fazer, assim que ele ou ela tomar posse, é dizer: `Vamos pacificar o País; vamos começar do zero e varnos fazer um grande pacto nacional”, reforçou o ex-presidente.

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