Aviação civil e agrícola paradas por falta de combustível na Venezuela

SINDAG


A suspensão, desde o final de outubro, do fornecimento de gasolina de aviação para o setor civil na Venezuela deixou no chão também o setor aeroagrícola e já ameaça a produção primária do país, principalmente no Estado de Portuguesa (noroeste venezuelano).

Os proprietários de aeronaves a pistão temem que a medida ainda vá até dezembro, apesar do governo local ter sinalizado que a situação deve ser normalizada a partir do próximo dia 30.

Segundo o portal de notícias El Impulso, com uma “saudação bolivariana, revolucionária, socialista e anti-imperialista”, o supervisor da planta de abastecimento da planta de AvGas da Petróleo de Venezuela S/A (PDVSA) em Barquisimeto (no estado de Lara, oeste do país), Felipe Nieves, avisou aos operadores da região que a suspensão terminaria à meia-noite de 30 de novembro.

Só que a própria PDVSA não informa o porquê da paralização, o que só contribui com o descrédito nas autoridades. Para piorar, operadores e pilotos de quase 800 aeronaves civis sofrem com a falta de remuneração de quase um mês parados.

O irônico é que a Venezuela figura entre os 12 países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o que dá uma ideia do quanto a crise política e administrativa do país, vizinho norte do Brasil, afeta sua infraestrutura e daí prejudica a produção.

Venezuela prende executivos de refinaria localizada nos EUA por suspeita de corrupção

Autoridades da Venezuela prenderam nesta terça-feira em Caracas seis altos executivos da refinaria venezuelana Citgo, localizada nos Estados Unidos, incluindo seu presidente interino, José Pereira, sob acusação de corrupção, informou o procurador-geral do país, Tarek Saab.

O procurador-geral explicou, em entrevista coletiva, que os diretores presos assinaram em julho um acordo milionário para refinanciar a dívida da Citgo em condições desfavoráveis à Venezuela e que comprometia a refinaria ao colocá-la como garantia. “Eles agiram com total sigilo, sem sequer coordenar com as autoridades competentes”, disse Saab.

“Isso é corrupção, corrupção do mais podre calão.” Os executivos serão indiciados nas próximas horas por peculato, apropriação de capitais e associação criminosa. Saab, que assumiu a Procuradoria-Geral em agosto, se comprometeu a comandar uma “cruzada” contra a corrupção.

Aliado do autocrata Nicolás Maduro, o procurador-geral disse que deseja se concentrar na indústria petroleira, fonte de mais de 90 por cento das receitas de exportação da Venezuela.

No fim de outubro, um alto executivo da petroleira estatal PDVSA e uma dezenas de funcionários foram presos por suspeitas de irregularidades. Mas, de acordo com a oposição, as recentes investigações não demonstram uma intenção genuína do governo de erradicar a corrupção, mas sim um expurgo interno na administração da PDVSA.

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