EUA e Argentina concordam em manter pressão sobre governo Maduro por eleições na Venezuela

O presidente argentino, Mauricio Macri, disse nesta terça-feira que seu país e os Estados Unidos concordaram em manter a pressão sobre o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pela realização de eleições na Venezuela e a libertação de presos políticos.

O vice-presidente norte-americano, Mike Pence, que se reuniu com Macri em Buenos Aires, disse que os EUA estão confiantes de que trabalhando "com aliados da região" será possível chegar a uma solução pacífica para a crise venezuelana.

EUA acreditam em solução 'pacífica' para Venezuela, diz vice-presidente

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, disse em Buenos Aires nesta terça-feira que acredita ser possível encontrar uma solução "pacífica" para a Venezuela por meio de pressão econômica e diplomática sobre o presidente do país, Nicolás Maduro.

Falando em uma coletiva de imprensa conjunta com o presidente de centro-direita da Argentina, Mauricio Macri, Pence disse que ambos concordaram, durante conversas a portas fechadas, sobre a necessidade de manter a pressão para que Maduro convoque eleições e liberte prisioneiros políticos.

Como na Colômbia, a primeira parada de sua turnê latino-americana, Pence adotou um tom mais conciliador do que o presidente Donald Trump, que ameaçou uma intervenção militar na Venezuela na semana passada para resolver a crise política no país-membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Apesar disso, Pence reiterou que a Venezuela está "resvalando para uma ditadura e que os Estados Unidos não ficarão à margem" enquanto isso acontece.

"Os EUA têm muitas opções e reserva estas opções na Venezuela", afirmou.

Na segunda-feira Pence disse que ele e o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, debateram possíveis novas sanções contra o país de governo de esquerda.

Washington impôs sanções contra Maduro e outras autoridades venezuelanas em julho depois que Maduro convocou uma Assembleia Constituinte a cargo de figuras leais ao governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) para ampliar seus poderes em meio a uma repressão a grupos políticos de oposição.

A ameaça de ação militar de Trump na sexta-feira foi repudiada por muitos na região e levou o Mercosul, do qual a Argentina é membro, a repudiar o uso da força.

Macri, crítico de longa data de Maduro, disse nesta terça-feira que a pressão política, e não o uso da força, é o caminho adiante para se abordar a situação na Venezuela.

Pence aplaudiu a "agenda de reformas ousada" de Macri em seus comentários e disse que ele e o líder argentino conversaram sobre o incremento do comércio bilateral durante seu encontro, particularmente em produtos agrícolas.

Ele não respondeu a uma pergunta sobre uma investigação do Departamento de Comércio dos EUA sobre as suspeitas de dumping e de subsídios injustos ao biodiesel da Argentina.

Chanceler russo diz que crise na Venezuela precisa ser resolvida pacificamente

O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, enfatizou nesta quarta-feira a necessidade de se resolver pacificamente e sem intervenção externa a crise na Venezuela.

Os comentários de Lavrov foram feitos depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou uma possível intervenção militar no país sul-americano, fazendo com que o líder venezuelano, Nicolás Maduro, convocasse exercícios militares.

 

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