Belli – Estados Unidos não é Wall Street


Júlio Robinson Belli
Empresário brasileiro com atuação no mercado internacional

 
Poucos dias após a posse do 45ª Presidente dos EUA, Donald Trump, incertezas apontam para o rumo da econômica americana.

A principio, o tema da matéria seria a eleição de um Trump brasileiro, me questionei em o que escrever. Mas é preciso ser consciente e saber que nem tudo pode ser igual em todos os lugares.

Gostaria de compartilhar que de início, estava com a impressão que Trump seria uma solução para vários mercados, realmente as terceirizações prejudicaram os trabalhadores americanos, a minha interpretação era que o novo presidente estava apoiando as indústrias Norte Americanas, em fábricas dentro e fora dos EUA, o que a meu ver seria uma ótima saída para as indústrias, o modelo de Ford, Rockfeller, entre outros, caracterizando um clássico EUA,  se expandindo na econômica mundial.

Na verdade, os tempos mudaram, países se desenvolveram, e o que foi um sucesso ontem, hoje pode ser um contra golpe, algumas tendências em prepotência, ser o melhor, racismo, fazem parte de outros tempos, as atuais administrações e lideranças são formadas por equipes, independente de nacionalidade, raça, sexo e religião.

Hoje, poucos dias após a sua posse, vídeos satirizando Trump, como exemplo a Holanda e agora Portugal, na onda que somos o segundo melhor.

Os imigrantes são parte do crescimento de qualquer nação, somos humanos, o Brasil é isso, somos Alemães, Portugueses, Italianos, Japoneses, Judeus, Chineses entre muitos outros, e deixamos fortunas em gastos com viagem aos EUA. Um exemplo é a Florida, o quanto a sua economia depende de outros povos, sem contar NYC.

O crescimento Americano contou com o suor de vários povos, a força dele, é a união de várias culturas que se refugiaram após a primeira e segunda grande guerra.

Atualmente os seguimentos privados americanos, necessitaram da experiência de executivos, um exemplo é o INVEST USA que na verdade querem a experiência da versatilidade do empresário brasileiro "como sobrevivemos em crise".

Além destes pontos quero ressaltar que a maior guerra será interna, isso pode desestabilizar toda a econômica, os EUA não vive de apostas como Wall Street, existem regras, fato que magistrados americanos caçam a ordem de Trump contra imigrantes, governadores mandam recados a ele, há divergência destas opiniões desestabilizara a econômica e Trump pode fortalecer outros países. Mas demitir uma procuradora geral da República, é se confundir, ficar como o ator de “O  Aprendiz”, sem falar no respeito a própria corte Americana.

Movimentos Europeus manifestam-se em criar um ato enviando rosas, lamentando o novo governo, independente de esquerda ou direita, qualquer radicalismo é muito prejudicial a qualquer nação.

Hoje seria muito leviano apontar a tendência das indústrias em relação ao novo governo, mas o governo americano precisa ser cauteloso e menos rígido, pois tratar outros países como submundo pode ser a queda vertiginosa dos EUA.

Qualquer empresa que perde um bom cliente, se adequa ao novo mercado, outras economias podem se adequar a viver sem os EUA, e Trump como um empresário deveria refletir, o risco de queda da economia Americana, não seria igual ter quebrado as suas empresas, nesta situação a quem ele irá recorrer. É preciso avaliar, inclusive, os americanos funcionários de indústrias internacionais em solo do país, o exemplo é a indústria automobilística japonesa.

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