IV Workshop Amazônia Conectada em Manaus

Engenheiros, pesquisadores, cientistas, advogados, militares e profissionais de telemática participaram do IV Workshop Amazônia Conectada, que aconteceu no auditório do Comando Militar da Amazônia (CMA), na terça-feira, dia 4 de abril.

O evento faz parte das atividades de início do terceiro estágio do Programa Amazônia Conectada, que vai ligar Manaus, via cabos de fibra ótica, a quatro municípios do interior do Estado do Amazonas: Manacapuru, Coari, Tefé e Novo Airão.

A abertura do workshop ocorreu às 8h30, com o Comandante Militar da Amazônia, General de Exército Geraldo Antonio Miotto, e com o Chefe do Centro Integrado de Telemática do Exército, General de Divisão Decílio de Medeiros Sales.

Na sequência, a Controladoria Geral da União, por intermédio da Advogada Maria Vitória Barros, e a empresa de produção do cabo ótico, a Nexans, representada pelo Diretor da empresa na América do Sul, Ragnar Vorgot, falaram sobre os dispositivos jurídicos que permitiram ao programa obter fluidez e ao estágio ser iniciado ainda no primeiro semestre de 2017. Além disso, também trouxeram questões como a possibilidade de que, nos estágios subsequentes do Programa, que visa chegar às regiões de fronteira, o cabo utilizado seja híbrido, transferindo, além de dados, também energia elétrica. "Isso significa um acréscimo qualitativo ao Amazônia Conectada", disse Jorge Salmão Pereira, CEO da Avassah consultoria.

Encerrando os trabalhos pela manhã, houve duas outras palestras: uma sob a responsabilidade da Analista de Infraestrutura do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), Juliana Muller Reis Jorge, que apresentou um mapa comparativo entre as regiões do Brasil no aspecto de uso da Internet; e outra com Renilda Perez de Lima, do Ministério da Educação e Cultura.

O Programa Amazônia Conectada, para Renilda, vai garantir que um número maior de estabelecimentos de ensino público do Estado do Amazonas possa participar de programas federais de educação. Enquanto esse índice de participação via sistema é de quase 100% nas regiões Sul e Sudeste, na região Norte esse número ainda é baixo, por volta de 40%. "Essa expansão da Internet em banda larga para o interior do Amazonas vai garantir que escolas ribeirinhas de regiões distantes de Manaus possam se integrar ao sistema do Ministério da Educação de forma mais efetiva", comentou.

Pela tarde, as palestras contaram com representantes da Rede Nacional de Pesquisa, da Universidade do Vale do São Francisco, da Superintendência da Zona Franca de Manaus e da Eletrobrás.
 

Retrospectiva

O Programa Amazônia Conectada teve início em 2015, com a interligação de duas Unidades do Exército Brasileiro por meio de cabo subfluvial no Rio Negro. Nesse primeiro estágio, a ideia era testar como seria a resposta da tecnologia no contexto do ambiente amazônico. Em 2016, o segundo estágio instalou 275 km de cabos entre os municípios de Coari e Tefé.

Na segunda-feira, dia 3 de abril, o Programa Amazônia Conectada entrou no terceiro estágio de execução. Nessa etapa serão ligados mais quatro municípios: Manacapuru, Coari, Tefé e Novo Airão. Serão 600 km de cabos, com o término da instalação previsto para maio. Nesse estágio, o Exército Brasileiro assumiu a gerência operacional do Programa, o que gerou uma redução do custo inicial, que era de R$ 10 milhões e passou para R$ 5,4 milhões. Uma redução de quase 50%.


 

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