TOA – Forças armadas utilizam tecnologia a serviço da segurança, na Amazônia

ARIQUEMES ONLINE (RO)
via NOTIMP/FAB


O uso da tecnologia a favor da segurança. É desta forma que as Forças Armadas, por meio do MD (Ministério da Defesa), atuam no país. Inovação tecnológica e científica andam lado a lado com as instituições militares compostas por Marinha, Aeronáutica e Exército.

No contexto regional, a Amazônia está entre os focos de interesse para o órgão federal e atualmente conta com vários projetos voltados à região como por exemplo, o Amazônia SAR e o Amazônia Conectada, trabalhos inaugurados no último mês e que estão relacionados ao monitoramento de desmatamentos e à expansão das comunicações na Amazônia Ocidental.

De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério da Defesa, os investimentos do órgão são destinados à capacitação militar de forma que as corporações tenham possibilidades de reagir não apenas a ameaças externas convencionais, mas também contra riscos contemporâneos como o terrorismo, o crime organizado transnacional, a pirataria e os ataques cibernéticos.

O MD é responsável por orientar, supervisionar e coordenar as atividades das Forças Armadas. Dentre os projetos aplicados pelo MD estão o Amazônia SAR e o Amazônia Conectada, que foram implantados recentemente na região.

O sistema Amazônia SAR, lançado no último mês, consiste em um radar orbital que vai monitorar o desmatamento na Amazônia no período de outubro a abril, gerando alertas, dando suporte às ações de fiscalização, além de enviar as informações ao Inpe para compor os dados do sistema Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real). O projeto conta com investimentos de R$80,5 milhões, recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e da União.

O sistema vai monitorar cerca de 950 mil quilômetros quadrados (17% da Região Amazônica ou o equivalente aos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e um pouco mais do que Santa Catarina) mensalmente. Será a primeira vez que a Amazônia será monitorada sistematicamente por radar orbital.

O projeto Amazônia Conectada também foi lançado oficialmente em julho, com a inauguração do primeiro trecho do cabo subfluvial. O programa é coordenado pelo MD e consiste na construção de uma rede de cabos subfluviais ópticos utilizando os leitos dos principais rios da bacia amazônica. O intuito do programa é viabilizar o acesso à internet de alta velocidade, telemedicina, telesaúde, ensino à distância, entre outros serviços, às comunidades ribeirinhas e indígenas, às escolas, organizações militares e aos órgãos públicos.

A inauguração do primeiro trecho compreende cerca de 10 quilômetros de fibra óptica subfluvial lançada no leito do rio Negro e serve como demonstrador de tecnologia interligando o 4ºCTA (Centro de Telemática de Área) com a 4ªDL (Divisão de Levantamento), organizações militares do exército brasileiro.

Compõem o quadro de projetos nacionais o Prosub (Programa de Submarinos), o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) e o programa FX-2 (caças Gripen Desenvolvimento e Pesquisa. Conforme a assessoria do MD, é impossível falar sobre as Forças Armadas sem associá-las ao desenvolvimento científico e tecnológico. Para que as instituições militares atuem com capacidade de mobilização é necessário haver formação profissional.

Os centros de desenvolvimento tecnológico das Forças Armadas estão concentrados na região sudeste do país e no Amazonas existem centros de desenvolvimento e pesquisa. Um exemplo é o Cigs (Centro de Instrução de Guerra na Selva), localizado em Manaus, que tem a missão de especializar oficiais, subtenentes e sargentos para o combate na selva.

O centro é estruturado com divisão de ensino, divisão de doutrina pesquisa e avaliação, divisão de alunos, divisão de veterinária, divisão administrativa e uma base administrativa. São ministrados cursos de COS (Operações na Selva) em sete categorias diferentes, além de estágios destinados a militares e também para instituições civis.

A nível nacional, os militares contam com centros de excelência como o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), em São José dos Campos (SP), ou o IME (Instituto Militar de Engenharia), no Rio de Janeiro.

As intervenções militares

Quanto à intervenção no processo eleitoral, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é o responsável por avaliar a necessidade da cooperação das tropas federais. É o órgão que solicita a guarnição ao poder Executivo. De acordo com o setor de comunicação do MD, as tropas são empregadas no processo eleitoral mediante ordem da Presidência da República com base na lei nº 4.737. A atuação das tropas pode ocorrer na segurança dos locais de votação, no transporte das urnas e dos servidores da Justiça Eleitoral.

O quantitativo de pessoal a ser empregado é definido de acordo com a atividade a ser exercida. Outra atuação que conta com a tropa militar é a missão paz. O Brasil participa das missões de paz da ONU desde 1947, quando observadores militares brasileiros foram enviados à região dos Bálcãs, na porção meridional da Europa. Porém, o Brasil assumiu as tarefas de coordenação e comando militar de importantes operações em um período mais recente, como no Haiti (2004) e no Líbano (2011), o que trouxe prestígio à política externa do país, aumentando a projeção brasileira no cenário mundial.

Ao todo, o Brasil já participou de mais de 30 missões das Nações Unidas, tendo enviado cerca de 30 mil militares ao exterior. Em duas delas, o Brasil ocupa posições de destaque, liderando o componente militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) e o braço marítimo do comando da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil).

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