EUA anunciam envio de mais soldados ao Iraque

Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (28/09) que enviarão mais de 600 militares ao Iraque. O grupo auxiliará tropas locais na libertação da cidade de Mossul, que está em poder do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI).

O novo contingente é o terceiro enviado pelos americanos ao Iraque desde abril. De acordo com o secretário de Defesa dos EUA, Ash Carter, os soldados irão treinar e assessorar tropas iraquianas e curdos peshmerga que combatem em Mossul, mas também garantirão os avanços das forças de segurança em todo o país.

"Sempre que houver oportunidades para acelerar a campanha, vamos aproveitá-las", ressaltou Carter, anunciando que os 615 soldados serão enviados à base aérea de Qayara, localizada a 60 quilômetros de Mossul e que foi retomada em julho por militares iraquianos.

O porta-voz do Departamento de Defesa, Peter Cook, acrescentou que o novo contingente ajudará no apoio logístico e não se envolverá diretamente em combates na cidade.

O pedido de reforços às tropas iraquianas partiu de Bagdá. Os soldados americanos serão enviados ao Iraque nas próximas semanas.

Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, está há mais de dois anos nas mãos do EI, que a tomou numa ofensiva surpresa que pôs em evidência a inconsistência e o sectarismo do Exército iraquiano. Os militares bateram em retirada com o avanço dos jihadistas, que conseguiram ampliar seu território para além da Síria.

O Pentágono afirmou que os extremistas estão se preparando para defender a cidade e armaram trincheiras inflamáveis, ninhos de metralhadoras e explosivos. A ofensiva iraquiana poderá começar na segunda metade de outubro.

Atualmente, os Estados Unidos contam com mais de 4,6 mil militares no Iraque. Os soldados oferecem apoio com informação de inteligência, assistência, logística e treinamento às tropas iraquianas e peshmerga. Washington também lidera uma coalizão aérea que executa ataques a alvos do EI.

Esse é o terceiro envio de militares americanos ao Iraque desde abril, quando o presidente Barack Obama autorizara um reforço com 200 soldados.

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