Sete vetos da Rússia na ONU em seis anos de conflito sírio

Em seis anos de guerra, a Rússia protegeu sete vezes a Síria – sua aliada no Oriente Médio – da pressão ocidental, fazendo uso de seu direito a veto no Conselho de Segurança da ONU. A China o fez em seis ocasiões.

Moscou e Pequim têm direito a veto, bem como os outros três membros permanentes do Conselho: França, Reino Unido e Estados Unidos. O Conselho é formado por outros 10 membros não permanentes, renovados parcialmente todos os anos.

– Repressão –

Rússia e China bloquearam em outubro de 2011 um projeto de resolução impulsionado por países ocidentais que ameaçava o regime de Bashar al-Assad com a adoção de "medidas específicas" devido à repressão sangrenta aos manifestantes. Nove países votaram a favor e quatro se abstiveram.

Em fevereiro de 2012, houve um novo veto russo-chinês a um projeto de resolução apresentado por países ocidentais e árabes, que condenava a repressão. Os outros 13 países do Conselho o apoiaram.

Este veto causou indignação no mundo árabe, no Ocidente e entre a oposição síria, principalmente por ter ocorrido horas depois que um bombardeio em Homs, centro da Síria, deixou 230 mortos, segundo a oposição.

– Armas pesadas –

Moscou e Pequim se opuseram em julho de 2012 a uma resolução ocidental que ameaçava Damasco com sanções. Obteve 11 apoios, dois rechaços e duas abstenções.

Em maio de 2014, Rússia e China bloquearam um projeto de resolução francês que contemplava levar ambas as partes do conflito ao Tribunal Penal Internacional (CPI). O texto foi aprovado por 60 países.

– Bombardeios em Aleppo –

A Rússia vetou em outubro de 2016 um texto proposto pela França que reclamava o fim imediato dos bombardeios em Aleppo. A China se absteve.

Ambos os países usaram o veto dois meses depois, contra uma medida que exigia uma trégua de sete dias naquela cidade do centro da Síria.

– Armas químicas –

Rússia e China bloquearam neste 28 de fevereiro uma medida para punir a Síria pelo uso de armas químicas.

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