EUA exigem revisão imediata de reação da OMS à pandemia e reformas

Os Estados Unidos pediram à Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira que comece a investigar imediatamente a fonte do novo coronavírus, além de sua própria reação à pandemia.

O presidente norte-americano, Donald Trump, que acusou a agência de ser “chinocêntrica”, ameaçou na segunda-feira em uma carta divulgada no Twitter ao diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, suspender permanentemente o financiamento de seu país se a OMS não se comprometer com melhorias dentro de 30 dias e reconsiderar a filiação dos EUA.

Mais de 5,12 milhões de casos de Covid-19 já foram relatados em todo o mundo, incluindo 332.0526 mortes, desde que o vírus surgiu na cidade central chinesa de Wuhan no final do ano passado, de acordo com a contagem mais recente da Reuters.

O comitê executivo de 34 países membros da OMS, entre eles os EUA, realizou uma sessão de três horas nesta sexta-feira.

O almirante Brett P. Giroir, secretário-assistente de Saúde dos EUA, disse ao órgão em um comunicado por escrito: “Como o presidente Trump deixou claro em sua carta de 18 de maio ao diretor-geral Tedros, não há tempo a perder para iniciar as reformas necessárias para que tal pandemia nunca aconteça novamente.”

“Aplaudimos o pedido de uma revisão imparcial, independente e abrangente a ser realizada em consulta com Estados-membros e exortamos que o trabalho comece agora”.

Giroir se referia a uma resolução apresentada pela União Europeia que foi adotada de forma unânime pela assembleia ministerial anual de 195 membros da OMS na terça-feira, que pediu uma avaliação minuciosa “no momento apropriado mais próximo”.

Quando a assembleia da OMS for retomada, no outono setentrional, precisa abordar o resultado do processo de revisão e reformas para fortalecer a entidade, “incluindo a capacidade de Taiwan participar como observadora”, acrescentou Giroir.

Taiwan fez muita pressão para ser incluída como observadora da reunião de dois dias e recebeu grande apoio de EUA, Japão e outros, mas diz não ter sido convidada devido à oposição da China – que a considera uma província separatista sem direito às benesses de um Estado soberano.

Tedros sempre prometeu uma revisão e “responsabilização” pós-pandemia, e em comentários à comissão disse que a OMS trabalha sem descanso desde que o coronavírus surgiu, informando todos seus integrantes sobre sua evolução e proporcionando aconselhamento técnico.

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