Comentário Gelio Fregapani – Reservas cambiais, No País, Enquanto isto no mundo e Conclusões

Assuntos: Reservas cambiais, No País,
Enquanto isto no mundo e Conclusões.

 
As reservas cambiais e o desenvolvimento.

Foi publicado que o nosso Pais dispõe de 380 bilhões de dólares em reservas cambiais. Os entreguistas se opõem a utilização das reservas como esse dinheiro não tivesse sido acumulado para utilizá-lo para tocar investimentos e nas horas difíceis. Para eles, as reservas servem apenas para dar credibilidade internacional e quando muito para garantir o pagamento dos juros da dívida externa. Para o resgate da dívida, (mesmo parcial) nem pensar, pois isto significa matar a galinha dos ovos de ouro (dos credores, claro).

Certo, o ideal é utilizar os recursos disponíveis para alavancar investimentos que propiciem maior produção, empregos, renda, e consumo como ferrovias, estradas, portos, hidrelétricas, refinarias, poços de petróleo, silos para armazenamento agrícola e outras obras de infraestrutura priorizando a área de pesquisa, inclusive a de material bélico, sem a qual dificilmente há desenvolvimento.

Deixar esse dinheiro parado se assemelha ao mau general, que não emprega sua reserva nem para impulsionar uma fração que avança nem para socorrer outra em dificuldade.  A forma mais burra é manter esse dinheiro eternamente parado, sem utilidade e até dando despesas. 

E quando não houver mais reservas e for indispensável recursos para progredir ou fazer face a uma calamidade? – Imprima-se!  A pior coisa a fazer é pedir emprestado. O dinheiro impresso causa a mesma inflação que o dinheiro conseguido por empréstimo e se for empregado em um investimento que crie riquezas, compensará.
 
No País

Ninguém, nem mesmo o mais convicto petista, tem condições de defender com honestidade as corrupções do governo do PT. Também não seria possível aprovar várias das irresponsáveis atitudes como a aceitação do roubo da refinaria da Petrobras pela Bolívia e das benesses para os outros países em detrimento das necessidades do próprio povo. Tendo um mínimo de inteligência até o petista mais roxo saberia que nenhum orçamento aguentaria um assistencialismo acima das posses. Desta forma não há como se opor ao término antecipado do mau governo do grupo petista, mas isto não exime da preocupação com o day after sendo certa a merecida derrubada da Dilma e quase certo a ascensão constitucional do Temer, é assustador o conteúdo entreguista do programa por ele apresentado. Se for tentada a implantação, estaremos um passo mais perto da guerra civil. 

Os políticos, na ânsia de conservar ou de tomar o poder se esquecem do interesse nacional, das manobras da cúpula financeira internacional para impor um governo mundial e destruir todo o nacionalismo e dos EUA para impedir o surgimento de um "Japão" ao sul deles. Não percebem, os políticos, que há uma guerra de 4ª Geração contra nossa Pátria e que esta guerra fatalmente nos encontrará desunidos, pois não poderemos estar juntos nem com o governo corrupto e esquerdizante nem com outro talvez menos corrupto, mas mais entreguista.  

Enquanto isto, no mundo

Todos os países procuram manter reservas monetárias em dólares e isto faz com que os EUA possam imprimi-los sem saturar o mercado financeiro e eles o fazem através de um "banco central", –  o "Fed", que é uma associação de uma dúzia dos principais banqueiros do mundo. Chama-se Banco Federal, mas não é federal, nem sequer genuinamente nacional dos EUA mas é a única entidade que pode imprimir dólares e os "vender para o governo daquele país", parece incrível mas é verdade. Nota-se o poder que tem esse grupo financeiro, que usa a força militar dos EUA como seu elemento de manobra. Há suspeita até que teria sido o responsável pela morte dos presidentes que as contrariavam inclusive a de John Kennedy. 

Já há algum tempo que a manobra dos doze bancos que formam o "Fed" é conhecida pelos governantes das principais nações, mas o receio das consequências faz com que sejam evitadas ou adiadas as reações mais efetivas. O destino de Sadam e Kadafi é um recado claro e só o  Irã,com seu fanatismo, ousa desafiar ostensivamente. Entretanto, o maior perigo para o dólar  certamente será o BRICS, que comercializam entre si com as próprias moedas.

Logicamente o FED/EUA fará todo o possível para arrasar as economias da China, Índia, Rússia, Brasil e África do Sul.  Considerando a relativa insignificância desta última, o mais vulnerável é o nosso País  e uma desunião interna, ainda mais do que  facilitar a destruição da economia, pode por em risco apropria unidade nacional caso uma das facções aceite o auxílio estrangeiro, além da criar o ambiente propício a independência dos povos indígenas.
 
Conclusões

O BRICS – uma sigla/conceito temida pelo "stablishment" – tinha de ser o mais importante alvo das manobras do eixo Casa Branca-Wall Street  por muitas razões, entre elas: o plano de realizar comércio e negócios em suas próprias moedas, evitando o dólar norte-americano. Para o mundo trata-se de saber se o nosso País continuará no BRICS (fugindo do dólar) ou se vai permanecer no âmbito dessa moeda.

No âmbito da geopolítica global o apoio a um dos lados não chega a ser decisivo mas está em curso acirrada disputa econômico/diplomática.

Para a geopolítica nacional ambas as posições têm vantagens e desvantagens, mas apesar da confusão político – econômica em que estamos envolvidos poucos no nosso País, percebem a profundidade dos acontecimentos em gestação, que podem alterar o ritmo da vida do nosso País e até de todo o planeta.

A marcha da Guerra de 4ª Geração em curso tem pouco a ver com as tendências políticas de direita ou esquerda e mesmo os graves fatos das corrupções e das políticas governamentais de alguma forma servem de motivo para a disputa política local e de pretexto para uma disputa global, de caráter predominantemente financeiro.

Sobreviveremos a qualquer das alternativas. Só precisamos ficar alertas para impedir que uma desnacionalização desenfreada nos tire toda a possibilidade de agirmos com soberania em defesa dos interesses nacionais
 
Que Deus nos ajude a nos manter unidos na tormenta que se aproxima
 
Gelio Fregapani

Nota DefesaNet

As opiniões são do autor não necessariamente correspondem ao princípio editorial do DefesaNet

O Editor
 

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