DITADURA DO PROLETARIADO – Um pouco de história, de realidade, e reação

DITADURA DO PROLETARIADO.
(Um pouco de história, de realidade, e reação)


 

CARLOS ALBERTO PINTO SILVA
General-de-exército da reserva, ex-comandante de Operações Terrestres (COTer),
do Comando Militar do Sul (CMS), do Comando Militar do Oeste (CMO),
e Membro da Academia Brasileira de Defesa.

 
História:

Lenine alma e cérebro da revolução Russa odiava a sociedade burguesa. Para demoli-la, pacientemente, durante mais de vinte anos, concebeu e elaborou uma estratégia de revolta que, sob a direção de uma elite, foi o núcleo central da teoria revolucionária bolchevista.

“O movimento deve ser dirigido por um numero tão limitado quanto possível de grupos semelhantes, formados por revolucionários profissionais, devidamente experimentados. Esses revolucionários constituem uma ‘ordem’ composta de combatentes de elite (Um corpo especial de agitadores).’Sua mais nobre missão é o preparo da revolução popular geral’. Eles devem, pois, antes de tudo criar as condições de sucesso, consolidar o contato com os núcleos mais consideráveis da classe operária e com todos os meios descontentes da autocracia”.

“A preparação judiciosa duma revolta revestia-se, segundo Lenine, de dois aspectos fundamentais: primeiramente, a associação de um movimento de massas e da conjuração organizada; em seguida, a exploração e a direção desse movimento por um estado-maior recrutado na elite do partido”.

Lenine considerava de fundamental importância a conquista do proletariado. O Partido “levará vantagem sobre a fraca burguesia”, buscando a exterminação dos inimigos do povo.

Em sua “teoria do murro no paralítico” Lenine prescreve a desagregação da máquina do Estado, antes do golpe de força. Trata-se de aumentar a indecisão governamental e de “apodrecer” as instituições e os grandes órgãos do Estado.

“Em “O Estado e a Revolução:” “A insurreição armada”, diz Lenine, que se deve repousar o movimento no impulso revolucionário do povo.” Mas é preciso antes, proceder à educação sistemática do povo. O primeiro objetivo consiste na formação de um partido operário “capaz de tomar o poder, de dirigir e organizar um regime novo, de ser o educador, o guia de todos os trabalhadores para a organização de sua vida social”.

“Todos os meios são bons, se conduzem ao fim” (Lenine).


 Realidade:

O PT (Lideranças políticas do partido) odeia as “elites”, que considera inimiga e visa à desmoralização do partido. Os petistas procuram difundir que a imprensa, a oposição, o judiciário e as elites querem destruir sua obra política. Os petistas idealistas foram e serão afastados ou destruídos politicamente (Vítimas da classe dirigente) para não se tornarem obstáculos ao Projeto de Eternização no Poder.

A alternância ideológica e de poder, em todos os níveis, foram somente toleradas nos últimos anos, na verdade os petistas abominam conviver com o Estado Democrático de Direito (Independência de poderes; liberdade de expressão e imprensa independente; judiciário e procuradoria fortes; partidos fortes e antagônicos; oposição legítima e integrada), uma grande fantasia que só existe na cabeça de uma sociedade desinteressada na problemática política e social brasileira.

No mundo dos Petistas, não há lugar para instituições independentes. Ou elas trabalham para o partido ou devem ser controladas.

“A era PT sepultou a tolerância e a diversidade de pensamento, tudo o que não se encaixe no discurso do petismo já vira coisa de reacionário. Não há mais espaço para quem não tem a mesma opinião dos petistas.” Entrevista Lobão – Publicado: Veja 28/08/2013.

O PT usa a regra da maioria como único critério de legitimidade de seus governos, interpretando a democracia como a ditadura de uma maioria, uma maioria que rechaça e não respeita os direitos da oposição e das minorias.

 “Com os Petistas, todo cuidado é pouco. Não existem valores objetivos, ninguém pode julgar nada, vale tudo, e quem discorda sofre de preconceito e é moralista. Com essa agenda politicamente correta os socialistas ‘modernos’ vão impondo uma mentalidade fascista que em nome da ‘tolerância’ e da ‘diversidade’, não tolera divergência alguma.” Artigo – Rodrigo Constantino – Publicado: O Globo 30/04/13.

O PT não vai deixar o poder sem luta, como alguns brasileiros sonhadores pensam. O PT não terá acanhamento em dilacerar a Constituição, desconhecer o trabalho do Judiciário, do Legislativo, e contestar a vontade do povo, se for necessário ao seu Projeto de Poder.

O PT, na atual conjuntura política brasileira, busca a supressão do sistema democrático de direito em beneficio de um Projeto de Eternização no Poder, para permitir a instalação da sua versão deuma Ditadura do Proletariado, e para atingir seu objetivo necessita permanecer no governo no mínimo até 2022 (Vencer as eleições de 14 e 18).

A reação da sociedade brasileira tem que começar em algum lugar e de alguma forma, é preciso, portanto, organizar vários grupos com o mesmo ideal de Defesa do Estado Democrático de Direito (“Terço da Transformação”), para através de redes sociais e de informação fazer com que uma mudança política e social, radical, seja esperada, e com o passar do tempo aconteça e vire numa certeza para nossa sociedade.

Tão importante quanto trocar mensagens na internet em grupos de amigos, é estimular aos seus contatos que organizem “Terços da Transformação Difusores”e publiquem as matérias julgadas úteis para o objetivo da Defesa da Democracia, do Estado de Direito, e da Ética na Política. Os Terços Difusores seriam redes de informação setorizadas (Regionais e locais) que replicariam as matérias dentro de uma unidade de pensamento e com objetivos definidos.



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