Secretário-geral da OTAN se reunirá com presidente turco nesta segunda-feira

O secretário-geral da OTAN, o ex-primeiro-ministro da Noruega Jens Stoltenberg, se reunirá na segunda-feira com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e com o ministro da Defesa do país, Fikri Isik, informou neste sábado a aliança militar em comunicado.

A reunião será em Istambul, onde a Assembleia Parlamentar da OTAN realiza sua 62ª sessão.

Stoltenberg confirmou ontem que vários militares turcos que participam de missões da OTAN pediram asilo nos países em que se encontram, após a tentativa fracassada de golpe de Estado na Turquia em julho, e que do qual o governo responsabiliza o clérigo islamita Fethullah Gülen.

O secretário-geral da OTAN acrescentou que, nos últimos meses, a Turquia realizou mudanças de seu pessoal nacional na estrutura de comando da aliança e manifestou sua esperança de que as autoridades turcas ocupem todos os postos que lhes correspondem.

No entanto, o político norueguês ressaltou que a decisão final sobre os militares adequados para a estrutura de comando da OTAN corresponde à Turquia.
 

Oficiais turcos pediram asilo

O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, afirmou nesta sexta-feira que oficiais turcos dentro da Aliança Atlântica pediram asilos nos países onde estavam trabalhando, depois do golpe de Estado militar frustrado em meados de julho na Turquia.

“É certo que alguns oficiais turcos que trabalham nas estruturas da OTAN solicitaram asilo nos países em que se encontram”, indicou Stoltenberg.

Segundo ele, caberá a cada país avaliar o pedido recebido.

O chefe da Aliança Atlântica, que fez essas declarações em Bruxelas, durante uma conferência consagrada à segurança, anunciou que viajará no domingo para a Turquia, para uma reunião com parlamentares de países da OTAN, sua segunda visita desde setembro.

Desde a tentativa de golpe, as autoridades turcas lançaram um importante expurgo no exército e em outros setores das sociedade, como o intelectual e empresarial. Ancara prendeu políticos opositores e jornalistas.

“Vimos uma série de mudanças nas estruturas de comando da OTAN onde os cidadãos turcos foram trocados. É uma decisão da Turquia designar quem ocupa os diferentes postos nas estruturas da OTAN”, afirmou.

As autoridades gregas anunciaram, pouco depois da tentativa de golpe, que oito militares turcos pediram asilo em seu país. Atenas negou seus pedidos.

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