DN – HAITI Adieu

 

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HAITI Adieu

 

Hoje quinta-feira (31AGO2017), ao fim da tarde, em Porto Príncipe, Haiti, encerra-se, de forma oficial, a participação militar brasileira na MINUSTAH.

A Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti foi um marco para a ONU, mas em especial um divisor de águas para as Forças Militares Brasileiras.

De 2004 a 2017 foram 37.500 militares das Forças Armadas brasileiras (incluindo 213 mulheres) e 550 de Nações Amigas, que integraram as tropas da MINUSTAH.

Ao todo foram 26 Contingentes incluindo todos os Comandos de Área. As maiores participações foram do CMS, com 8 contingentes, e CMSE, com 7 contingentes.

O que passou a ser reconhecido como a "jeito" de operar das Forças Brasileiras. O posteriormente conhecido como "soft power", foi severamente criticado pelo jornal Washington Post, que em editorial (05JUJN2005), simplesmente acusa o General Heleno, de não ter estômago, par agir contra as gangues de Porto Príncipe. Está no original em inglês mas vale a pena ler (use o tradutor disponível na página).

HAITI Adieu – A Battalion (of Marines) for Haiti – Editorial Washington Post (em inglês) Link

Clássica foto de um US Marine em uma das intervenções americanas no Haiti. O ano é 1994.

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O primeiro contingente brasileiro, formado basicamente por só uma unidade, o 19º Batalhão de Infantaria Motorizado, São Leopoldo, RS. A unidade do Comando Militar do Sul foi comandada pelo Tenente-Coronel Ezequiel Bezerra Izaias de Macedo.

Entrevista TC Inf Ezequiel Bezerra Izaias de Macedo Comandante do 19° Batalhão de Infantaria de Força de Paz

O 19º BIMTz em formação pronto para embarque, em 22 Maio 2004.

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Do maior sucesso ao maior desastre está relacionado à "Casa Azul".

A tomada por parte das forças de paz da ONU da Casa Azul, em Cité Soleil, marcou o início do processo de pacificação da capital haitiana, em 2007. À época, o Force Commander da Minustah, General-de-Brigada Carlos Alberto dos Santos Cruz, responsável pela ação, disse ao Defesanet que houve uma operação de grande magnitude com intensa confrontação. O planejamento inicial teve o objetivo de tomar dos criminosos o local. Para isso, foi realizada no dia 24 de janeiro (2007), uma operação que ficou conhecida por “Blue House”.

Em 12 de Janeiro 2010, a "Casa Azul" tornou-se uma armadilha, pois o forte terremoto, que atingiu o Haiti, custou a vida de 10 soldados brasileiros, que serviam ali, pois foi transformada em ponto de controle.

HAITI Adieu – Casa Azul: da vitória ao desastre Link

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Se os sucessos na área militar foram significativos, superando até as suspeitas iniciais das próprias Forças Armadas, em especial do Exército Brasileiro, uma análise mais ampla deve ser feita.

A completa ausência da Sociedade Brasileira de participar em Missões na sofrida ilha. Enquanto artistas, músicos e personalidades americanas eram frequentes na ilha, os brasileiros foram completos ausentes. Com exceção de um jogo da seleção brasileira de futebol.

Acompanhe as notícias sobre o Haiti e a MINUSTAH na Cobertura Especial Panorama Haiti

Cobertura Especial Panorama Haiti

 

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O Centro de Comunicação Social do Exército Brasileiro, através da Agência Verde-Oliva, produziu e distribuiu um belo trabalho informativo sobre a ação das Forças Brasileiras no Haiti nestes 13 anos.

O documento chamado "Brasil no Haiti, um caso de sucesso 2004-2017" pode ser acessado clicando na figura abaixo:

 

 

 

 

 


 

 

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