Força-tarefa dos Marines utilizará plataforma moderna na América Central

Hope Hodge Seck
Marine Corps Times

 

Uma nova força-tarefa dos Fuzileiros Navais (Marines) que entrará em atividade na América Central a tempo para a temporada de furacões utilizará uma nova plataforma anfíbia, navio de alta velocidade (JHSV – Joint High Speed Vessel), para transportar tropas na região.

A Força-Tarefa Aeroterrestre Sul dos Fuzileiros Navais para Fins Especiais (SPMAGTF Sul), uma unidade composta por cerca de 250 fuzileiros navais que será sediada na Base Aérea de Soto Cano, em Honduras, atenderá a uma série de necessidades, desde o treinamento de nações parceiras até ajuda humanitária e missões de combate às drogas. A unidade deverá entrar em atividade em junho.

Em Washington, D.C., em um evento no final de fevereiro, o Comandante-Adjunto Gen. John "Jay" Paxton disse que a nova unidade terrestre também pode utilizar as novas plataformas da Marinha destinadas a preencher lacunas no transporte anfíbio.
 

"Nós vamos trabalhar com a Marinha para ver se há navios de um deck que estão disponíveis. Vamos considerar as plataformas alternativas … JHSVs e coisas desse tipo", disse Paxton. "Estamos trabalhando não só com a sinalização da demanda e o conjunto de missões que [o Comandante-Geral do Comando Sul dos Estados Unidos, John Kelly] tem, mas com suas capacidades e as equipes da Marinha e dos Fuzileiros Navais."

O Tenente-coronel Ignacio Soria, oficial chefe de planejamento, G-5 das Forças Sul dos Fuzileiros Navais, confirmou que os fuzileiros navais da força-tarefa serão transportados no JHSV Spearhead, o primeiro em sua classe.

"Está previsto agora", disse ele. "A única coisa que poderia inviabilizar isso é, se por algum motivo, houver uma necessidade emergente solicitada pelo Comando da Frota ou Comando Militar de Transporte Naval para desviar da missão."

O Capitão-de-Fragata Soria disse que a força-tarefa, que enviará pequenos destacamentos de fuzileiros navais a locais em toda a América Central, ressalta o objetivo principal do JHSV: o transporte dentro da área de operações.

"Literalmente, ele transporta os fuzileiros navais de porto a porto [na região]", disse ele.

Embora os planos agora sejam de uso apenas do Spearhead, outro navio — o Burlington — também pode ser posicionado na região da 4ª Frota antes do ano fiscal de 2017, enquanto se aguarda uma decisão final, afirmou Soria.

Não é a primeira vez que os Fuzileiros Navais utilizarão o JHSV no teatro de operações. O Spearhead transportou os fuzileiros navais do 8º Batalhão de Engenharia de Suporte de Camp Lejeune, de maio a outubro do ano passado, em apoio à Estação Parceria do Sul 2014, de acordo com um relatório de março do Corpo de Fuzileiros Navais sobre Lições Aprendidas. O navio, que divide seu tempo entre o SOUTHCOM, a Europa e a África, também tem sido utilizado por outros destacamentos da Marinha na região.

A SPMAGTF-Sul também será equipada com quatro helicópteros CH-53E Super Stallion quando estiver em atividade, disse o Capitão Armando Daviu, porta-voz da MARFORSOUTH. As unidades da Marinha que enviarão membros para a força-tarefa ainda não foram definidas, afirmou, mas devem vir principalmente da II Força Expedicionária da Marinha, com sede na Carolina do Norte.

Paxton disse que a demanda pela SPMAGTF-Sul está ligada ao êxito da criação de forças-tarefas de resposta a crises da Marinha para a África e o Oriente Médio nos últimos anos. "Nenhuma boa ação fica impune", brincou. Devido à limitação de recursos, disse Paxton, a força-tarefa seria diferente e menor do que as outras unidades de resposta, mas afinada com as necessidades da região.

"Estamos comprometidos em ajustar um tipo de força-tarefa (e eles estão treinando agora) que seria capaz de realizar essas missões de que o Gen. Kelly precisa, principalmente construir a capacidade de parceria … e algumas capacidades de missão antinarcóticos, de combate às drogas", disse Paxton. "Estamos empenhados em proporcionar isso a ele."

De acordo com o planejamento atual, a força-tarefa estará ativa entre junho e novembro e depois será transferida para os Estados Unidos até a primavera seguinte. Seu trabalho aumentará os pequenos destacamentos da Marinha já existentes na região, incluindo uma equipe de assuntos civis em Belize e equipes de cooperação em segurança em Honduras, El Salvador, Belize e Guatemala.

Compartilhar:

Leia também

Inscreva-se na nossa newsletter