Um general discreto na liderança

Evandro Éboli

Discreto, solícito e bem-humorado.
Assim o general Gonçalves Dias é descrito por auxiliares e por profissionais que conviveram com o militar em sua passagem pelo Palácio do Planalto, onde comandou, por oito anos, a segurança do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Era a sombra do petista e conquistou a confiança da família Lula, com quem conviveu de perto.

Hoje, ele comanda a 6a Região Militar, em Salvador, na Bahia.
O militar, que completa hoje 63 anos, não descolava do presidente. Se queixava às vezes das "escapadas" de Lula, que descumpria orientações e ia na direção do povo em solenidades públicas. Mas nem sempre era assim. Na posse, em 2006, do presidente eleito do Peru, Alan García, Lula foi levado pelo peruano a pé do Congresso ao Palácio do Governo, em Lima. Já na rua, no meio da população, Dias pressentiu riscos e imediatamente, pelo rádio, acionou o carro, e os seguranças fizeram um cordão até Lula embarcar no veículo.

Dias andava no carro do presidente. O general esteve para deixar o Palácio algumas vezes, mas o petista o manteve a seu lado. GDias, que obteve duas promoções na gestão do petista, queria ter seguido para a Academia Militar das Agulhas Negras (RJ). O então presidente não deixou.

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