Exército atua na garantia da lei e da ordem em operações pelo Brasil

Entre as missões constitucionais das Forças Armadas, expressas no Artigo 142 da Carta Magna, está a garantia da lei e da ordem, invocada por iniciativa de qualquer um dos três Poderes. No ambiente militar, tal atribuição é conhecida pela abreviatura GLO, que envolve operações para a manutenção da ordem pública e a preservação da integridade da população e do patrimônio.

 

Entre os meses de dezembro de 2016 e março de 2017, o Exército conduziu ou tomou parte de operações dessa natureza em diversas regiões do território nacional, colaborando para manter ambientes estáveis e seguros para milhões de brasileiros.

 

Na Região Metropolitana do Recife, o Exército realizou a Operação Leão do Norte, iniciada em 9 de dezembro de 2016 e encerrada em 3 de janeiro de 2017. Foram realizadas em torno de 3.900 ações durante esse período, incluindo patrulhamento ostensivo de áreas terrestres, revista de pessoal e veículos, reconhecimentos aéreos, escoltas e controle de pontos estáticos. O Exército assumiu o controle operacional das ações e manteve a coordenação dos efetivos pertencentes aos órgãos de segurança pública, trabalhando de forma integrada.

 

Já no Rio Grande do Norte, de 20 de janeiro a 4 de fevereiro, o Exército coordenou a Operação Potiguar II. A ação foi levada a cabo em virtude do clima de insegurança instalado após ações de vandalismo contra os meios de transportes coletivos e as instalações públicas, bem como ameaças contra a segurança e o bem-estar dos cidadãos. Cerca de 1.860 militares, sendo 140 da Marinha, 1.650 do Exército e 70 da Força Aérea, além de integrantes dos órgãos de segurança pública, atuaram na Região Metropolitana de Natal, realizando ações de garantia do livre trânsito, segurança dos corredores bancários, turísticos e patrimonial e patrulhamento e revista de pessoal.

 

No Espírito Santo, o Exército participou da Operação Capixaba, entre os dias 6 de fevereiro e 8 de março. Deflagrada em razão da paralisação dos serviços da Polícia Militar do Estado, a operação empregou 3.169 homens das Forças Armadas, sendo 2.637 do Exército, 382 da Marinha e 150 da Força Aérea, além de outros 287 da Força Nacional. Foram usadas 227 viaturas, sete blindados e quatro helicópteros. Somente de combustível, foram gastos 67 toneladas de óleo diesel e, aproximadamente, a mesma quantidade de querosene de aviação. Entre outras missões, foram realizados patrulhamentos, postos de bloqueio, reconhecimentos e outras ações pontuais para a garantia da segurança da população.

 

Ainda no mês de fevereiro, o Exército participou da Operação Carioca, ocorrida na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Sob o comando da 1ª Divisão de Exército, a operação ocorreu em um ambiente conjunto e interagências, com as tropas do Exército sendo empregadas de forma integrada aos efetivos dos Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais e do Batalhão de Infantaria da Força Aérea. Foram mais de 9.000 homens operando de forma ininterrupta. A 9ª Brigada de Infantaria Motorizada atuou no entorno da Vila Militar e na Avenida Brasil; a Brigada de Infantaria Paraquedista patrulhou e realizou bloqueios na Via Transolímpica; enquanto a Artilharia Divisionária da 1ª Divisão de Exército foi empregada em Niterói e São Gonçalo.

 

Além das Operações de GLO, o Exército também foi empregado em unidades prisionais do Sistema Penitenciário Brasileiro, cumpriu a missão específica de vistoriar os locais para detecção e apreensão de armas, aparelhos de telefonia móvel, drogas e outros materiais ilícitos ou proibidos. Em Mato Grosso do Sul, o Comando Militar do Oeste atuou de forma articulada com o Governo do Estado na Operação Varredura, realizada no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho (Campo Grande/MS), em fevereiro, com um efetivo de cerca de 500 militares. Já em Manaus, o Comando Militar da Amazônia  mobilizou deflagrou a Operação Chaw Pã II, mobilizando efetivo de 574 militares para atuar na vistoria das instalações do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).

 

Em todas essas situações em que foi solicitada sua presença, o Exército demonstrou capacidade de pronta resposta, obtida graças à peculiaridade da Força, com a permanente disponibilidade para servir à Pátria.

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