LAAD 2015 – Ministro Jaques Wagner participa da abertura no Riocentro

O Brasil será o centro das atenções do mercado mundial de produtos de defesa. Ao longo da próxima semana, no Riocentro, na Zona Oeste da capital fluminense, acontece a 10ª edição da LAAD Defence & Security 2015, maior e mais importante feira dos setores de Defesa e Segurança da América Latina.

O Ministério da Defesa e as Forças Armadas estarão expondo seus projetos estratégicos em estandes montados nos pavilhões, que deverão receber mais de 40 mil visitantes nos quatro dias de evento.

O ministro da Defesa, Jaques Wagner, participará da abertura oficial do evento, na próxima terça-feira (14) às 10h, e terá uma extensa agenda de encontros bilaterais com delegações estrangeiras durante dois dias do evento.

“A indústria de defesa significa soberania e desenvolvimento tecnológico industrial,” avaliou o ministro ao apontar que muitos produtos desenvolvidos para as Forças Armadas acabam também beneficiando as empresas civis.

Atualmente, o mercado de produtos de defesa no Brasil movimenta cerca de US$ 7,5 bilhões ao ano, sendo US$ 3,5 bilhões resultantes de exportações. O setor é responsável pela geração de 30 mil empregos diretos e outros 120 mil indiretos. Em 2020, os postos de trabalho ligados à indústria de defesa serão 50 mil diretos e 190 mil indiretos, conforme estimativas da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde).

E completou: “O segundo é que a indústria de defesa não olha somente para dentro das Forças Armadas. A indústria de defesa transborda para a indústria comum. Ela vai para o mundo industrial. É assim que acontece em todos os países. Aquilo que se pesquisa, seja na Marinha, no Exército ou na Aeronáutica, acaba servindo de base tecnológica para um grande salto na nossa indústria.”

Jaques Wagner destacou também que o governo tem investido significativamente no setor. Entre 2003 e 2014, os recursos empregados pelo Ministério da Defesa em custeio e investimento aumentaram quase seis vezes – saltando de R$ 3,7 bilhões para R$ 19,6 bilhões em 2014. O Brasil é responsável por 41% dos investimentos em defesa na América Latina.

“Portanto, a indústria de defesa, que vem experimentando uma aceleração significativa nos últimos 12 anos, seguramente vai servir muito à sociedade brasileira para garantir uma proteção ao Brasil e aos brasileiros, bem como para fazer aquilo que considero mais importante, que é alavancar a indústria nacional. Incorporar tecnologia de ponta em nossos projetos estratégicos”, avaliou Jaques Wagner.

 

Indústria de Defesa em tempos de paz

O ministro Jaques Wagner avalia que o Brasil, apesar de não ter inimigos e não se envolver em conflitos internacionais desde a II Guerra Mundial, necessita fortalecer sua base industrial de defesa a indústria nacional.

“Falar da indústria de defesa num país de tradição pacífica como o Brasil pode parecer uma leitura estranha. Mas é importante que a gente olhe para dois aspectos: o primeiro deles é que, para garantir a paz, é importante que estejamos preparados para qualquer tipo de ameaça contra o Brasil, contra os brasileiros e contra nosso patrimônio natural, hoje tão cobiçado por muitos”, disse o ministro.

A 10ª edição da LAAD reunirá mais de 700 expositores nacionais e internacionais em três pavilhões do Riocentro, no Rio de Janeiro, entre os dias 14 e 17 de abril.

O evento destaca-se por ser um dos principais ambientes para a disseminação de novas tecnologias, equipamentos, serviços e conhecimento voltados para esses segmentos de defesa e segurança pública, bem como um espaço estratégico para o fomento de negócios junto às Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica), Forças Policiais e Especiais, consultorias, segurança corporativa e agências governamentais.

Nos estandes do Ministério da Defesa, bem como nos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, o visitante conhecerá projetos estratégicos da área militar brasileira, entre eles: o programa que prevê a construção de um submarino de propulsão nuclear e quatro submarinos convencionais; o sistema de monitoramento de fronteiras (Sisfron); o carro de combate blindado Guarani; o avião cargueiro KC 390; e o projeto H-XBR, projeto de fabricação de 50 helicópteros que servirão à Presidência da República e às Forças Armadas.

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