Equador destaca a cooperação com a Colômbia e insiste em maior presença militar

O ministro equatoriano da Defesa, Miguel Carvajal, destacou em 3 de julho o bom nível de cooperação com a Colômbia na luta contra o crime na fronteira comum, mas no entanto espera que o país vizinho aumente sua presença militar.

Carvajal disse que essa colaboração foi até reforçada depois que as duas nações restabeleceram seus vínculos diplomáticos, rompidos pelo Equador em função de um ataque militar colombiano contra uma base clandestina da guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em seu território, no dia 1º de março de 2008.

“Em relação à Colômbia, fomos capazes não apenas de recuperar os níveis anteriores a 2008 em termos de cooperação e coordenação. Eu diria inclusive que os aprofundamos muito mais, que tivemos um salto qualitativo na relação política e nas ações de segurança, com níveis de confiança muito importantes”, disse o ministro aos correspondentes estrangeiros.

Ele acrescentou que existe um “intercâmbio permanente de informações” sobre voos ilegais do narcotráfico e atividades de grupos irregulares na região limítrofe, o que permitiu que as autoridades equatorianas capturassem e entregassem a seus homólogos colombianos as pessoas requisitadas pela justiça desse país.

Carvajal lembrou, particularmente, a detenção de dois membros das FARC, em maio, supostamente ligados às finanças desse grupo que atua na fronteira comum. Um deles, John Mendoza (vulgo ‘Fredemiro’), já foi deportado.

O ministro enfatizou que essa cooperação aumentou, mantendo a soberania e sem chegar a “ações combinadas”, reiterando uma antiga solicitação de Quito para que a Colômbia reforçasse sua presença na fronteira de aproximadamente 700 quilômetros.

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