EUA negam diálogo a respeito de mísseis antibunker com Israel

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não discutiram, durante as reuniões que mantiveram nesta semana, um pedido israelense para ter acesso a tecnologia avançada norte-americana que pode ser usada contra o Irã, informou a Casa Branca nesta quinta-feira.

"Nos encontros que o presidente teve não foi proposto nem se chegou a um acordo deste tipo", disse o secretário de imprensa da Casa Branca, Jay Carner, a jornalistas. Obama e Netanyahu se reuniram por duas horas no Salão Oval na segunda-feira e almoçaram juntos.

Uma autoridade israelense disse mais cedo nesta quinta-feira que Israel pediu aos Estados Unidos bombas antibunker avançadas e aviões de reabastecimento que melhorariam suas capacidades de atacar instalações nucleares subterrâneas do Irã.

Panetta: ação dos EUA no Irã seria mais dura que a de Israel

Um ataque militar dos Estados Unidos ao Irã causaria mais dano que uma operação das forças israelenses, afirmou nesta quinta-feira o secretário americano da Defesa, Leon Panetta.

Israel e Estados Unidos discordam sobre a iminência da ameaça que representa o polêmico programa nuclear do Irã, e os comentários de Panetta destacam a posição do governo de Barack Obama de que os israelenses devem evitar qualquer ação unilateral.

"Se eles (os israelenses) decidirem fazer algo, não há dúvida de que terá um impacto, mas acredito que se os Estados Unidos agirem, o impacto será maior", disse Panetta em entrevista ao National Journal.

Obama e altos funcionários do governo não descartam o uso da força militar caso fracassem a diplomacia e as sanções econômicas para resolver a crise derivada do programa nuclear iraniano, mas acreditam que é preciso esperar mais antes de uma eventual ação.

Já o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que as sanções contra o Irã não funcionaram: "nenhum de nós pode se dar ao luxo de esperar muito mais". Israel, Estados Unidos e diversos países ocidentais temem que o Irã consiga sua bomba atômica sob a fachada de um programa nuclear civil.

Reuters/AFP

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