Al-Qaeda pede a líbios que mantenham armas para impor charia

O veterano líder da rede terrorista Al-Qaeda Abu Yahya al Libi convocou os rebeldes que derrumbaram o regime de Muamar Kadafi a manter suas armas para impor a charia, o código de leis islâmico, na Líbia.

Em um vídeo monitorado nesta segunda-feira pelo SITE Intelligence Group, que vigia sites islâmicos, Libi elogia os rebeldes líbios por promover a queda do "regime decadente" de Kadafi, mas exorta a rebelião a não se intimidar pelos "pedidos ocidentais de depor as armas".

Gravada no final de outubro, a mensagem afirma que "abandonar as armas, um dos motivos de sua libertação da escravidão mortal que durou mais de quatro décadas, significa simplesmente voltar à escravidão sob uma nova roupa e se entregar a tiranos arrogantes, domésticos ou estrangeiros, que lhes roubam a vontade e controlam sua liberdade".

"Se as armas são vendidas nos Estados Unidos como melancias, e chegam às mãos de assassinos sanguinários e criminosos, e a liberdade para sua compra e venda é garantida, por que motivo os Estados Unidos e seus países irmãos ocidentais procuram nos privar do mesmo direito, que nossa religião islâmica nos concedeu antes da existência da América e de suas leis?", questionou Abu Yahya al Libi.

Al Libi, nascido no território líbio, pediu a seus conterrâneos que usem as armas para "defender sua religião, vidas, honra e dinheiro sob as leis da charia". A mensagem também defende um comitê religioso "independente e audacioso" que jogue um papel dominante na redação da nova Constituição líbia.

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