Na ONU, o Brasil mais longe do Irã

O governo da presidente Dilma Rousseff deu um claro sinal de rompimento com a política externa adotada durante a gestão Lula na semana passada. Pela primeira vez em oito anos, o Brasil tomou partido contra o Irã em um organismo da ONU, o Conselho de Direitos Humanos.

O Conselho aprovou por 22 votos a favor, 7 contra e 14 abstenções a proposta dos Estados Unidos que prevê a designação de um relator para investigar os direitos humanos no Irã. A medida deverá aumentar a visibilidade das violações cometidas no país dos aiatolás. Como era esperado, o governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad classificou a decisão do Conselho como uma intrusão nas questões internas do país.

Segundo a embaixadora Maria Nazareth Azevedo, o voto do Brasil não foi “contra o Irã, mas a favor do sistema de direitos humanos”. Dissidentes iranianos comemoraram a postura brasileira. Segundo analistas, o Brasil mostra com o voto que o alinhamento com Teerã, que marcou a gestão do ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, ficou para trás.

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