Presidente turco acusa general americano de compactuar com golpistas

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou nesta sexta-feira um general americano de ser aliado dos golpistas, por dizer que temia que os expurgos na Turquia tivessem consequências nas relações entre os dois aliados.

"Está do lado dos golpistas ao invés de defender um país que fez fracassar uma tentativa de golpe de Estado", declarou Erdogan depois de uma cerimônia em um centro de treinamento do exército, bombardeado pelos golpistas em 15 de julho.

"E quem planejou o golpe está em seu país e o está alimentando", acrescentou, em referência ao clérigo Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos.

O general americano Joseph Votel, comandante das operações do Pentágono no Oriente Médio, declarou na véspera que temia o impacto que poderiam ter os expurgos em massa nas relações que Washington mantém com vários chefes militares turcos.

Interrogado sobre se algum dos interlocutores de Washington no exército turco estavam detidos, respondeu: "Sim, creio que alguns estão na prisão".

Industriais são detidos na Turquia

Três conhecidos industriais foram detidos provisoriamente nesta sexta-feira no âmbito das investigações abertas após o golpe de Estado frustrado na Turquia, centradas na rede do pregador Fethullah Gülen e que também afetaram o mundo dos negócios.

Mustafa Boydak, presidente do conglomerado familiar Boydak Holding Company, foi preso na cidade de Kayseri, no centro da Turquia, anunciou a agência de notícias governamental Anatolia.

Outros dois dirigentes do grupo, Sukru Boydak e Halit Boydak, foram detidos em suas casas. A polícia também procurava o presidente do grupo, Haci Boydak, e Ilyas e Bekir Boydak, contra os quais também foram emitidas ordens de prisão.

O grupo Boydak Holding tem interesses em energia, finanças e móveis, setor no qual possui marcas conhecidas na Turquia, como Istikbal e Bellona.

 

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