Obama decide adiar retirada de tropas do Afeganistão

Nota DefesaNet: add txt/texto atualizado 15out2105/16h10min*

Em meio à instabilidade no Afeganistão, os Estados Unidos decidiram retardar a retirada de suas tropas, prolongando seu papel numa guerra que já se estende por 13 anos e com a qual o presidente Barack Obama havia prometido acabar antes de deixar a Casa Branca.

A decisão, antecipada pelo jornal The New York Times, será anunciada por Obama ainda nesta quinta-feira. A previsão é que os atuais 9.800 militares americanos fiquem no Afeganistão durante boa parte do ano que vem, até serem reduzidos, no fim de 2016 ou início de 2017, para 5.500.

Há tempos o governo Obama enfrenta pressão por parte do Pentágono, da oposição e de alguns membros de seu próprio partido para que mude o plano de retirada do Afeganistão. Ela previa a presença de apenas mil militares americanos, baseados na embaixada em Cabul, a partir de 2017, quando termina o mandato de Obama.

A pressão cresceu após os recentes avanços conseguidos pelo Talibã. Os radicais intensificaram uma onda de ataques em Cabul e arredores depois da retirada da maioria dos soldados estrangeiros no ano passado, culminando com a tomada de Kunduz em uma ofensiva cuidadosamente orquestrada.

A cidade, aos poucos, está sendo retomada pelas tropas afegãs, mas os constantes combates expuseram a fragilidade das forças de segurança locais perante o Talibã. Nos últimos dias, surgiram novos combates em Ghazni, cidade provincial que fica ao sul de Cabul, na principal ligação entre a capital e Kandahar, maior cidade do sul afegão.

A decisão de Obama chega após meses de deliberações com líderes afegãos, autoridades do Pentágono, comandantes em campo e assessores da Casa Branca sobre como continuar de melhor forma o apoio às forças afegãs.

"Foram amplas discussões, debates profundos, algumas que incluíram o envolvimento pessoal do presidente e uma série de questões muito detalhadas do presidente sobre a nossa postura", disse uma fonte do governo americano, citada pela agência de notícias Reuters.

As tropas americanas continuarão treinando e assessorando forças afegãs, mas agora vão focar também em garantir que quaisquer membros restantes da Al Qaeda vistos como ameaça à segurança dos EUA sejam combatidos. Sob o novo plano, as tropas serão colocadas em quatro locais: Cabul, Bagram (principal base), Jalalabad e Kandahar.
 

Obama confirma que EUA vão ficar mais tempo no Afeganistão*

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou o plano de estender a presença militar do país no Afeganistão para além de 2016. Ao anunciar a decisão, Obama afirmou que o ajuste "modesto, mas significativo" é necessário para a segurança dos EUA.

Ele reconheceu que as tropas afegãs não estão devidamente preparadas e afirmou que, por isso, decidiu manter os atuais 9.800 militares americanos no Afeganistão durante a maior parte de 2016 e reduzir o efetivo para cerca de 5.500 em janeiro de 2017, quando o seu mandato se encerra.

"Se eles falharem, isso colocará em risco a segurança de todos nós", disse Obama. "Eu não vou permitir que o Afeganistão seja usado como refúgio seguro para terroristas atacarem nossa nação novamente", acrescentou.

A decisão prolonga uma guerra que já se estende por 13 anos e que o presidente havia prometido encerrar antes de deixar a Casa Branca.

Obama disse ainda que tomou a decisão após meses de debates com líderes afegãos, autoridades do Pentágono, comandantes militares e assessores da Casa Branca sobre a melhor maneira de apoiar as forças de segurança do Afeganistão.

Há tempos o governo Obama enfrenta pressão por parte do Pentágono, da oposição e de alguns membros do próprio Partido Democrata para que prorrogue a retirada do Afeganistão. Ela previa a presença de apenas mil militares americanos, baseados na embaixada em Cabul, a partir de 2017.

"Essa não foi a primeira vez que ajustes foram feitos, e provavelmente não será a última. Eu acredito que vamos continuar avaliando os avanços, como o novo presidente também fará", afirmou Obama ao ser questionado se estaria desapontado com a mudança.

A pressão cresceu após os recentes avanços do Talibã. Os radicais intensificaram uma onda de ataques em Cabul e arredores depois da retirada da maioria dos soldados estrangeiros no ano passado, culminando com a tomada de Kunduz , no norte do país, numa ofensiva cuidadosamente orquestrada.

A cidade, aos poucos, está sendo retomada pelas tropas afegãs, mas os constantes combates expuseram a fragilidade das forças de segurança locais perante o Talibã. Nos últimos dias, surgiram novos combates em Ghazni, cidade provincial que fica ao sul de Cabul, na principal ligação entre a capital e Kandahar, maior cidade do sul afegão.

As tropas americanas continuarão treinando e assessorando forças afegãs, mas agora vão focar também em garantir que quaisquer membros restantes da Al Qaeda, vistos como ameaça à segurança dos EUA, sejam combatidos. Sob o novo plano, as tropas serão colocadas em quatro locais: Cabul, Bagram (principal base), Jalalabad e Kandahar.

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