EUA informam que suas tropas mataram líder do Estado Islâmico em ataque

As forças de operações especiais dos Estados Unidos mataram um líder sênior do Estado Islâmico que ajudou a dirigir as operações financeiras e de petróleo e gás do grupo, durante um ataque no leste da Síria, informaram o Pentágono e a Casa Branca neste sábado.

A Casa Branca afirmou que o presidente Barack Obama ordenou o ataque que matou o homem identificado como Abu Sayyaf. Autoridades norte-americanas disseram que sua mulher, Umm Sayyaf, foi capturada no ataque e está presa no Iraque.

A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca Bernadette Meehan afirmou em comunicado que uma equipe dos EUA fora do Iraque conduziu a operação em al-Amr, no leste da Síria.

"Durante o curso das operações, Abu Sayyaf foi morto quando engajou com as forças norte-americanas", disse Meehan.

"O presidente autorizou esta operação sob recomendação unânime de seu time de segurança nacional assim que fosse desenvolvida inteligência suficiente e estivéssemos confiantes de que a missão poderia ser executada com sucesso e consistente com as exigências para tais operações", disse Meehan.

Meehan afirmou que a operação foi conduzida "com total consentimento das autoridades iraquianas" e "consistente com as leis doméstica e internacional".

Estado Islâmico enfrenta exército sírio perto de cidadela antiga

Combates entre militantes do Estado Islâmico e o Exército sírio foram reportados neste sábado perto de uma cidadela antiga na cidade histórica de Palmyra, alvo de uma grande ofensiva por parte de um grupo jihadista que aumentou as preocupações com o local, que é patrimônio mundial da ONU.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, grupo baseado na Grã-Bretanha que reporta sobre a guerra, também afirmou que os militantes do Estado Islâmico executaram 23 pessoas na sexta-feira, incluindo nove menores e cinco mulheres em áreas apreendidas do controle estatal fora da cidade.

Esta marca a segunda execução em massa reportada desde que o Estado Islâmico avançou nesta semana na área a cerca de 240 quilômetros a noroeste de Damasco. Na primeira, o Observatório disse que os jihadistas executaram 26 homens, decapitando 10 deles.

Ela reflete o padrão dos ataques pelo grupo em outros locais.

A ofensiva do Estado Islâmico na Síria central acrescentou às pressões que as forças do governo enfrentam e que têm tido significantes retrocessos desde o final de março, na guerra que já dura quatro anos.

Palmyra, também conhecida como Tadmur, abriga extensas ruínas de um dos centros culturais mais importantes do mundo antigo e foi colocado na lista de perigo do Patrimônio Mundial da UNESCO em 2013.

O Estado islâmico, que defende uma ideologia puritana islâmica, destruiu antiguidades e monumentos antigos no Iraque. O chefe de antiguidades do governo sírio afirmou que os jihadistas irão destruir as ruínas de Palmyra caso tomem a área.

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