Rússia afunda navio no Mar Negro para bloquear passagem de ucranianos

Com: AFP/EFE

As forças russas afundaram um navio obsoleto de sua Frota do Mar Negro na entrada de uma das bases ucranianas em Sebastopol (Crimeia) para impedir a saída de navios da Ucrânia, denunciou o Ministério da Defesa deste país.

"Na entrada da base naval do sul da frota ucraniana, e para bloquear os navios ucranianos que se encontram no lago Donuzlav, os militares russos afundaram o navio 'Ochakov', que já estava fora de serviço em sua frota", disse o ministério.

A embarcação anti-submarino "Ochakov" foi construído em 1971 e integrou à Frota russa do Mar Negro dois anos depois, onde participou de vários exercícios navais.

Desde 1991, o navio se encontra no porto de Sebastopol para reparos, e deveria voltar a operar em 2004, o que não ocorreu, e em 2011 foi retirado da frota.

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O primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, acusou nesta quinta-feira a Rússia de aumentar a tensão na Crimeia.

Kiev quer uma solução política, "então depende da Rússia, se está disposta a resolver este conflito ou se está relutante e deseja aumentar a tensão, como fizeram nas últimas horas", disse Yatseniuk após um encontro com o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz.

O chefe de Governo interino afirmou que mais uma vez as Forças Armadas russas bloquearam unidades ucranianas na Crimeia e "continuam provocando confrontos e tensões".

"Perguntamos a Rússia se estão dispostos a preservar a paz e a estabilidade na Europa ou se estão prontos para instigar outra provocação e mais tensões nas relações bilaterais", completou, sem apresentar detalhes sobre a situação na Crimeia.

Schulz afirmou que existem informações sobre ações recentes da Rússia na Crimeia e que, em caso de confirmação, representarão um "verdadeiro perigo".

Após o encontro no Parlamento, Yatseniuk seguiu para o Conselho Europeu, onde foi recebido pelo presidente desta instituição que representa os Estados membros da UE, Herman Van Rompuy, antes de uma reunião extraordinária de chefes de Estado e de Governo dedicada à crise na Ucrânia.

Para Yatseniuk "não se trata apenas de uma crise entre Ucrânia e Rússia, e sim de uma crise na Europa".

 

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