EUA reconhecem soberania japonesa sobre ilha disputada com a China

Um dia depois de um artigo no jornal oficial do Partido Comunista chinês questionar a soberania do Japão sobre o arquipélago de Ryukyu, do qual Okinawa é a principal ilha, os Estados Unidos confirmaram que reconhecem a autoridade japonesa no local.

Questionado nessa quinta-feira sobre a posição americana diante do artigo no jornal Diário do Povo, o porta-voz do Departamento de Estado, Patrick Ventrell, afirmou que os EUA reconhecem a soberania do Japão sobre Okinawa – Washington tem bases militares instaladas na ilha.

Situado entre Japão e Taiwan, o arquipélago subtropical de Ryukyu foi em um primeiro momento vassalo da China, antes de passar sob soberania japonesa. Ryukyu, um pequeno reino independente e próspero, que durante muito tempo pagou tributo à China, foi integrado ao império japonês em 1879, convertendo-se na cidade de Okinawa.

O arquipélago foi palco de violentos combates e suicídios forçados durante a Segunda Guerra Mundial. Desde o fim do conflito bélico e até 1972, esteve ocupado pelos Estados Unidos.

Já sobre o arquipélago desabitado de Senkaku – chamado de Diaoyu pelos chineses -, localizado no mar da China Oriental, os Estados Unidos não têm posição sobre quem tem a soberania, declarou Ventrell.

Chineses pede que soberania japonesa em Okinava seja reconsiderada

Um grupo de universitários chineses pediu para que seja reconsiderada a soberania japonesa de Okinawa, uma ilha onde há bases militares americanas, em um artigo publicado nesta quarta-feira no Diário do Povo, o órgão oficial do Partido Comunista Chinês (PCC).

Os autores sustentam que a China pode reivindicar seus direitos sobre o arquipélago de Ryukyu, do qual Okinawa é a principal ilha.

"Chegou a hora de reconsiderar os problemas não resolvidos com relação às ilhas Ryukyu", escreveram Zhang Haipeng e Li Guoqiang, pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS).

Os dois universitários mencionam, em particular, o tratado de Shimonoseki (17 de abril de 1895) que colocou fim à curta guerra sino-japonesa de 1894-1895, perdida pela dinastia manchúria dos Qing.

A China encarou uma humilhação a assinatura deste acordo desigual que a forçou a ceder ao Japão, então potência imperialista, vários territórios, entre eles a ilha de Taiwan.

O artigo publicado pelo Diário do Povo pode atiçar ainda mais a tensão entre China e Japão, imersos em uma interminável disputa pela soberania de um arquipélago desabitado no mar da China Oriental, que os chineses chamam de Diaoyu e os japoneses de Senkaku.

Situado entre Japão e Taiwan, o arquipélago subtropical de Ryukyu foi em um primeiro momento vassalo da China, antes de passar sob soberania japonesa.

Ryukyu, um pequeno reino independente e próspero, que durante muito tempo pagou tributo à China, foi integrado ao império japonês em 1879, convertendo-se na cidade de Okinawa.

O arquipélago foi palco de violentos combates e suicídios forçados durante a Segunda Guerra Mundial.

Desde o fim do conflito bélico e até 1972 esteve ocupado pelos Estados Unidos, que ainda mantêm bases militares.

Terra

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