Governos Lula e Dilma facilitaram a expansão do tráfico em vários segmentos

Equipe DefesaNet

 

A atividade econômica que mais cresceu no Brasil durante os governos de Lula e de Dilma Rousseff foi o do tráfico, principalmente o de drogas, de armamentos e a biopirataria. O tráfico de minerais preciosos também aparece na lista dos mais investigados. Outra marca insólita é o aumento de tráfico de pessoas, que estão entrando no país pelas fronteiras da Bolívia, da Venezuela e alguns pontos da costa como no Espírito Santo.

A Marinha do Brasil já conseguiu prender alguns dos intermediários das ações de tráfico humano. Foram descobertas embarcações descendo o Rio Solimões, Rio Negro e o Amazonas lotadas de refugiados do Haiti e dos conflitos venezuelanos para trabalharem nas minas de ouro e diamantes no meio da floresta. Diversas jovens, inclusive meninas, estão sendo levadas para prostíbulos nestas áreas de novas fronteiras de negócios, tanto na mineração clandestina com destino ao exterior, como nas áreas de corte de madeira e introdução de gado de abate.

“São centenas de pessoas traficadas, já tentaram isso com indígenas e como conhecem bem a floresta e se ajudam, a maioria conseguiu fugir, mas temos informações de casos de extermínio de pessoas. Não temos hoje condições sequer de investigar como se deve, com o mínimo de condições de trabalho, imagine isso no meio da mata fechada e com milícias fortemente armadas.

Tem lugar no Brasil que a situação é para ser decretado estado de sítio tal a gravidade do quadro, o que a população viu no Espírito Santo é apenas uma pequena amostra do tamanho da tragédia”, comentou o agente do serviço secreto ao DefesaNet.

Os traficantes são brasileiros, estão inclusive aliciando mão de obra em centros urbanos. A crise econômica abriu esta possibilidade, segundo a inteligência. São prometidos empregos, abrigos, refeições e carteira assinada. Muitos vão para fazendas de gado, produção de drogas, além dos garimpos e pequenos povoados para movimentar a logística que esses lugares precisam. O trabalho escravo detém hoje tanto estrangeiros como brasileiros de diversos estados.

“A questão dos estrangeiros, como os nigerianos, angolanos e haitianos nós já vínhamos trabalhando muito com as nossas redes de informantes. Mas a presença de bolivianos, paraguaios e venezuelanos que surgiram em São Paulo, Paraná e no Mato Grosso do Sul em pontos específicos e em funções também bem particulares começou a se espalhar para várias regiões do país”, comenta o investigador.

“Foi quando notamos que há uma ramificação enorme, pois antes vendiam muitas mulheres brasileiras, principalmente dos subúrbios das capitais do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. Quase 80% dos casos de desaparecimento estão ligados ao tráfico humano, inclusive para o exterior. Agora estão substituindo por estrangeiros, pois conseguiram estabelecer uma conexão internacional”, revela a fonte.

Ação de fiscais na amazônia.

Pelos cálculos de organismos mundiais, atualmente em volume de recursos em 1º vem o Narcotráfico: US$ 320 bilhões, em 2º Falsificação de todos os gêneros com US$ 250 bilhões, em 3º Tráfico humano: US$ 31,6 bilhões, em 4º Tráfico ilegal de petróleo: US$ 10,8 bilhões e em 5º Tráfico de vida selvagem: US$ 10 bilhões. O tráfico de armamentos é difícil de ser calculado, apesar de ser apontado como o segundo maior do mundo. Ele é estimado em US$ 300 bilhões por ano e cresceu com a chegada o ISIS e do aumento das máfias em todo o mundo.

Para os especialistas no assunto, atualmente no mundo, há três blocos distintos dentro da indústria de armamento leve. Em primeiro lugar os EUA e a Rússia, em segundo França, Grã-Bretanha e China e em terceiro Brasil, Argentina, Áustria, Suíça e Itália. Mesmo muito controlado, essas mercadorias encontram outros rumos fora da legalidade. O comércio ilegal de armas movimenta 290 bilhões de dólares todos os anos e 35% dessas movimentações são feitas pelo crime organizado.

Os especialistas da inclusive da inteligência acreditam que a lei do desarmamento proposta e feita no governo Lula foi uma tentativa de apenas desarmar a população civil, mas não de interromper o tráfico de armas ilegais. A ação, recheada de marketing, com rolos compressores destruindo em via pública milhares de armas, muitas delas novas, foi somente um jogo de cena para a população.

“Temos investigado políticos e até integrantes do judiciários, além das polícias, que estão metidos até o pescoço com a venda de armas ilegais, facilitando a entrada, liberando traficantes da prisão e vendendo armas que estão dentro dos fóruns e delegacias. Esse é um escândalo que o Brasil tenta esconder de qualquer jeito. Nós acompanhamos pelos menos 10 grandes traficantes na última grande feira de equipamentos bélicos e eles estavam com listas e cotando preços de materiais que nem o Exército Brasileiro tem, equipamento de ponta que só daqui uns 10 anos vamos ter a nossa disposição e se isso um dia realmente ocorrer”, reclamou o agente.

A inteligência disse que a situação chegou a um tamanho amparo dos poderes, que os traficantes sequer fazem mais questão de esconder seus produtos. Há armazéns sendo alugados e recebendo as cargas que são distribuídas para todo tipo de máfia, que vai das drogas até as milícias que hoje prestam serviço de segurança para empresários e estabelecimentos de alto padrão.

“Infelizmente está tudo relacionado, não temos um foco só e nem podemos ser ingênuos a esse ponto. As pessoas tem que perceber que corrupção, desmandos, sentenças judiciais absurdas, drogas, grandes assaltos está tudo relacionado. Tudo se trata de crime organizado e com muito anteparo oficial, em todos os níveis”, alertou o agente.

Nota DefesaNet

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