Embraer e Boeing assinam MoU para implantar centro de P&D em biocombustíveis no Brasil

A Embraer e a Boeing assinaram um Memorando de Entendimentos (MoU, na sigla em inglês) para a criação de um Centro Conjunto de Pesquisa na área de Biocombustíveis com o objetivo de desenvolver e amadurecer o conhecimento e as tecnologias que possibilitem o estabelecimento da cadeia de biocombustíveis sustentáveis para a aviação. O Centro deverá ser instalado no Parque Tecnológico – São José dos Campos.

“A Embraer está comprometida em apoiar o desenvolvimento de biocombustíveis sustentáveis para a aviação, e os esforços conjuntos com a Boeing certamente contribuirão para que a empresa siga acompanhando a vanguarda das pesquisas no tema”, diz Mauro Kern, Vice-Presidente Executivo de Engenharia e Tecnologia da Embraer. “O Brasil tem tradição na área de combustíveis alternativos, além de possuir um enorme potencial a ser explorado na pesquisa em bioenergia”, completa.

“A Boeing trabalha com muito empenho em todo mundo para expandir o fornecimento de biocombustível sustentável para aviação e reduzir as emissões de carbono da indústria”, afirma Julie Felgar, diretora executiva de Estratégia e Integração Ambiental da Boeing Aviação Comercial. “Esse centro de pesquisa conjunto mostra o forte compromisso da Boeing e da Embraer para contribuir com o sucesso da indústria de biocombustível sustentável de aviação no Brasil”

“A Boeing e a Embraer têm uma grande oportunidade de trabalhar em parceria para aprimorar as capacidades de biocombustível para aviação do Brasil, e também aumentar o acesso da indústria global ao biocombustível para aviação”, diz Al Bryant, vice-presidente da Boeing Pesquisa & Tecnologia-Brasil.

O projeto deverá agora ser estruturado por meio de um Acordo de Colaboração entre as duas empresas. Está prevista também a possibilidade de que outras empresas e instituições tomem parte nas atividades de Pesquisa & Desenvolvimento.

Histórico – A indústria aeronáutica assumiu o compromisso de reduzir seu impacto ambiental e estabeleceu metas ambiciosas para atingir um crescimento neutro em carbono até 2020 e para reduzir emissões de dióxido de carbono em 50% até 2050, quando comparado aos níveis de emissão de 2005. Hoje, a indústria gera aproximadamente 2% das emissões de dióxido de carbono no planeta.

Diversas iniciativas vêm sendo desenvolvidas, inclusive no Brasil, para que se produza um biocombustível para aviação economicamente viável e que cumpra as estritas exigências aeronáuticas.

Uma dessas iniciativas, foi a demonstração da viabilidade técnica de um biocombustível produzido a partir da cana de açúcar, realizada através de voo-teste com um Embraer 195, durante a Rio+20, em 2012..

Em 2011, uma parceria entre Embraer, Boeing e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) começou a desenvolver uma investigação que culminou no lançamento do Plano de Voo para Biocombustíveis de Aviação no Brasil: Plano de Ação, ano passado, que aponta os principais rumos para o desenvolvimento de uma indústria sólida e sustentável de biocombustíveis para o setor aéreo no Brasil.

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