EUA: fuzileiros escapam de sanções após posar com bandeira das Waffen SS

Um grupo de fuzileiros navais que posou com uma bandeira das Waffen SS para uma foto publicada na internet recebeu advertência, mas nenhuma sanção, anunciou nesta quinta-feira a base militar de Camp Pendleton na Califórnia (oeste dos EUA).

As autoridades militares foram informadas do assunto em novembro de 2011, após a publicação na internet da foto tirada em setembro de 2010. "Não se concluiu que o incidente foi motivado pelo racismo. Os envolvidos reconheceram que o símbolo (nazista) podia ser mal-interpretado e não se encaixar na ética e nos valores do corpo de fuzileiros navais", afirmou um comunicado da base militar.

No mês passado, o Pentágono lançou uma investigação por conta do impactante vídeo no qual se vê um grupo de fuzileiros navais urinando sobre cadáveres de insurgentes afegãos. O secretário de Defesa, Leon Panetta, condenou esse ato como "absolutamente deplorável".

As Waffen-SS tinham sua fundação derivada da chamada Schutzstaffel (SS) no início do Partido Nazista como forma de proteção a Adolf Hitler em um período conturbado politicamente (as décadas de 20 e 30 do século XX). Hitler exigia que sua tropa de elite fosse composta por cidadãos com comprovada origem germânica, uma condição fisica e mental excepcional e que cumprissem as normas da ideologia nazista.

Para isso colocou à frente da tropa especial Heinrich Himmler, que em alguns anos, mais exatamente em 1933, conseguiu aliciar nada menos do que 52.000 homens para o seu exército. Com a ascensão da organização, Himmler conseguiu anexar aos seus domínios o Ordnungspolizei (a polícia regular), e o Sicherheitspolizei (a polícia de segurança). O Sicherheitspolizei foi dividido mais adiante no Kriminalpolizei ou Kripo (a polícia Criminal) e o Geheime Staatspolizei ou Gestapo (a polícia secreta), todas subordinadas ao escritório de Segurança Geral do Reich.

Segundo a rede Fox, os fuzileiros utilizaram o símbolo das SS porque representaria as palavras "sniper scouts" (algo como exploradores franco-atiradores), mas sem a intenção de vincular-se à Waffen-SS.

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