Cerimônia no Comando Militar do Sudeste relembra os 75 anos da Tomada de Monte Castelo, maior vitória da FEB

O Comando Militar do Sudeste (CMSE) rememorou a Tomada de Monte Castelo na Segunda Guerra Mundial, em cerimônia realizada no dia 21 de fevereiro. A solenidade em comemoração à data ocorreu no Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, na Praça Carlos Gardel, em São Paulo (SP).

Presidida pelo Comandante da 2ª Divisão de Exército, General de Divisão José Eduardo Pereira, a cerimônia contou com a presença dos alunos do Colégio Cruz Azul, além de diversas autoridades civis e militares, entre elas o Comandante da 2ª Região Militar, General de Divisão João Chalella Júnior; o Diretor do Hospital Militar de Área de São Paulo, General de Brigada Sergio dos Santos Szelbracikowski; e o Chefe do Estado-Maior do CMSE, General de Brigada Ricardo Piai Carmona.

Para celebrar o feito histórico, os presentes entoaram a Canção do Expedicionário e o Senhor Douglas Ramos leu um texto alusivo ao Monumento aos Mortos na Segunda Guerra Mundial. Em seguida, leu-se a Ordem do Dia do Comandante do Exército e uma corbelha de flores foi depositada no monumento. Logo após, os familiares dos pracinhas, como os combatentes brasileiros ficaram conhecidos, ocuparam posição de destaque para o toque de ex-combatente e, ao final da solenidade, a banda do 2º Batalhão de Polícia do Exército cantou "Lili Marlene", canção que retrata a saudade da Pátria e da família.

A formatura teve como objetivos exaltar a participação brasileira nos campos de batalha da Itália durante a Segunda Guerra Mundial, reverenciar os heróis brasileiros que integraram a 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária (1ª DIE) e comemorar os 75 anos da Força Expedicionária Brasileira (FEB).

FEB – Força Expedicionária Brasileira

Em 1944, mais de 25 mil brasileiros foram enviados à Itália para lutar contra os países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). A FEB foi constituída por uma única divisão, a 1ª DIE, sob o comando do Marechal João Batista Mascarenhas de Morais.

No dia 21 de fevereiro de 1945, a 1ª DIE conquistou Monte Castelo após três tentativas. A conquista era considerada ponto-chave para a ruptura das defesas alemãs nos Montes Apeninos.

O Brasil venceu a guerra ao lado dos Aliados (Inglaterra, França e Estados Unidos) em 8 de maio de 1945. No total, 478 pracinhas morreram em combate e foram sepultados no cemitério de Pistóia, na Itália. Suas cinzas foram transladadas para o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Rio de Janeiro (RJ), em 5 de outubro de 1960.

Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial

A praça Carlos Gardel recebeu piso de diferentes materiais e texturas, formando várias trilhas. No centro da praça, um corpo de aço, formado por três vigas ancoradas a um volume de concreto, projeta-se do solo, de uma rampa em forma de trincheira. À frente deste conjunto, um cilindro de mármore exibe três figuras antropomórficas de aço e uma relação de nomes de ex-combatentes gravados. O projeto é de autoria do arquiteto Jorge Osvaldo Caron.

O monumento é preservado com o apoio do Círculo Militar de São Paulo e da Associação dos Amigos das Praças da Rua Curitiba e Entorno (APRACE).

Lili Marlene

Escrito em 1915 por um soldado alemão na Primeira Guerra Mundial, o poema foi transformado em música em 1938. A canção tocava todos os dias para encerrar as transmissões na Rádio Belgrado e, mesmo em alemão, a melodia e a voz da cantora tornaram-na a favorita dos soldados de ambos os lados da guerra. Com o tempo, ganhou versões e letras em diversos idiomas. A canção original falava sobre um soldado longe de casa, a separação, a despedida e a incerteza de um dia retornar.
 

Lili Marlene – Versão Brasileira:

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