Exército – Polêmica e Confusão por Desconhecimento Histórico

Publicado em O Tuiuti 116 / 2014

Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis
Presidente da Academia de História Militar
Terrestre do Brasil, seção Rio Grande do Sul

 
No dia 14 de abril passado, Dia do Exército, foi veiculado um vídeo institucional no qual o Comandante do EB, General Enzo Martins Peri, divulga a sua Ordem do Dia sobre a passagem dos 366 anos da 1ª Batalha dos Guararapes. (Video abaixo)

Juntamente e alternadamente com a imagem do Gen Enzo, aparecem imagens de pinturas de passagens da História do EB. A maioria delas é de autoria do artista plástico castrense Coronel de Cavalaria e Estado-Maior Pedro Paulo Cantalice Estigarríbia, Acadêmico Emérito da Federação das Academias de História Militar Terrestre do Brasil (FAHIMTB), o qual ocupava a Cadeira Especial Pintor Alecebíades Miranda Júnior.

Uma das pinturas é de 2003 (1min23s) e retrata, conforme o pintor, o desembarque do 13º Batalhão de Infantaria na foz do Arroio Atajo, flanqueando o Forte Itapiru, na Guerra do Paraguai. Este batalhão é um dos antecessores do atual 18º Batalhão de Infantaria Motorizado (BIMtz), sediado em Sapucaia do Sul, RS.

Na mesma pintura aparece a Insígnia de Comando do referido Batalhão, a qual possui as duas faixas horizontais nas cores verde e amarelo, e a identificação da unidade em fundo vermelho com o número de ordem 13º em branco. A imagem da pintura ilustra esta matéria.

Através da Internet, houve uma tentativa de vincular, grosseiramente, o 13º da imagem ao número de identificação de um dos partidos políticos brasileiros, como se a pintura tivesse sido alterada para aparecer o 13.

A FAHIMTB, através de seu Presidente Cel Cláudio Moreira Bento, da AHIMTB/RS e do Acadêmico Emérito autor da pintura reafirmam sua lealdade, respeito e confiança à Instituição Exército Brasileiro bem como ao seu Comandante Gen Enzo Martins Peri, 1º Presidente de Honra da FAHIMTB, e repelem veementemente esta “insinuação leviana e de baixíssimo nível que atinge o EB, o seu comandante e até eu próprio”, conforme as palavras do Cel Estigarríbia.

Da mesma forma, repelimos qualquer intenção de vinculação da História com a política e reafirmamos nosso compromisso com o passado da Força Terrestre, mantendo-nos totalmente afastados das querelas e demandas da atual fase político-eleitoral do país. História é verdade e justiça.

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