Casa Branca confirma ataque hacker, mas nega roubo de informação

A Casa Branca confirmou parcialmente para a "Fox News" que houve um ataque hacker aos sistemas do governo norte-americano. Não foi informada a origem do ataque ou o alvo, mas fontes anônimas que forneceram declarações à imprensa norte-americana disseram que o ataque teria partido de uma divisão do exército chinês.

O governo confirmou que o ataque começou com um e-mail, usando uma tática chamada de "spear phishing". Esse tipo de ataque envolve o envio de um e-mail malicioso personalizado, para um único alvo. Com isso, a mensagem é exatamente como outras que o destinatário recebe diariamente, dificultando a identificação do golpe. "Esse tipo de ataque não é infrequente e temos medidas de contenção em funcionamento", afirmou o comunicado da Casa Branca.

De acordo com o jornal on-line Free Beacon, que foi o primeiro a noticiar o incidente, o ataque ocorreu no início do mês de setembro e teve como alvo a Secretaria Militar da Casa Branca (WHMO, na sigla em inglês). Uma fonte anônima citada pelo blog afirmou que WHMO lida com informações sigilosas relacionadas à reuniões de inteligências e o mecanismo de controle de bombas nucleares usadas pelo presidente dos Estados Unidos.

O jornal on-line disse ainda que não houve roubo de informações – uma afirmação que foi repetida pelo comunicado oficial da Casa Branca sobre o assunto, que acrescentou ainda que a rede atingida não armazenava nenhuma informação sigilosa.

O Free Beacon apontou o 4° Departamento Geral do Exército de Libertação Popular como fonte do ataque, ligando o incidente diretamente ao governo chinês. A Casa Branca não comentou a origem do ataque.

Notas DefesaNet

Recomendamos a leitura do artigo "China revisa a Arte da Guerra", é o comentário do livro “Unrestricted Warfare” ou “Guerra Irrestrita”. Publicado em 1999 o livro tem sido a base do desenvolvimento da China em uma estratégia indireta de confronto com os Estados Unidos e demais potências. Pela primeira vez colocou termos como : hackers, guerra irregular, assimetria, etc , a serviço de uma estratégia nacional.

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