SoftBank deve trocar equipamentos da Huawei pelos de Ericsson e Nokia

O SoftBank planeja substituir equipamentos de rede 4G da chinesa Huawei por hardwares da Nokia e da Ericsson, afirmou nesta quinta-feira a Nikkei, sem citar fontes.

A medida acontece num momento de maior vigilância das empresas de tecnologia chinesas pelos Estados Unidos e por alguns aliados proeminentes por suspeitas de laços com o governo chinês, motivados por preocupações de que os equipamentos da empresa poderiam ser usados por Pequim para espionagem.

Terceira maior companhia de telecomunicações do Japão, o SoftBank também encomendará equipamentos para a próxima geração da rede 5G dos dois fornecedores europeus, em vez da Huawei, informou a Nikkei.

Um porta-voz do SoftBank disse que a reportagem foi “baseada em especulações e nenhuma decisão foi tomada”. A Nokia e a Ericsson já são grandes fornecedores para o SoftBank, que também tem a mais longa relação com a Huawei entre as três maiores empresas de telecomunicações do Japão.

A substituição dos equipamentos de 4G, que a Nikkei informou será feita ao longo de vários anos, provavelmente em um processo demorado e caro, segundo fontes do setor.

A reportagem do Nikkei sobre a troca de fornecedores acontece quando o SoftBank se prepara para listar sua unidade de telecomunicações em Tóquio em 19 de dezembro.

O Japão também está considerando proibir compras governamentais de equipamentos de telecomunicações de empresas chinesas, a fim de manter sua segurança cibernética.

Japão descarta proibir empresas privadas de comprar equipamentos de telecomunicações suspeitos

O Japão não tem planos de pedir a empresas privadas que evitem comprar equipamentos de telecomunicações que possam ter funções maliciosas, como vazamento de informações, disse o principal porta-voz do governo, Yoshihide Suga, nesta quinta-feira.

O comentário sugere que o Japão não pretende por enquanto estender às empresas privadas uma política usada nas aquisições do governo, depois do governo emitir um documento na segunda-feira sobre a necessidade de manter a segurança cibernética durante compras de equipamentos.

Embora as empresas de telecomunicações chinesas Huawei e ZTE não sejam explicitamente citadas, fontes disseram na semana passada que a mudança visa impedir compras governamentais com os dois fabricantes chineses.

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