Comando Conjunto na Defesa Cibernética

A interoperabilidade das Forças Armadas brasileiras alcançou o campo cibernético e, pela primeira vez, um oficial-general de uma Força assume cargo em outra.

O Contra-Almirante Nelson Nunes da Rosa, da Marinha do Brasil, assumiu a Chefia do Estado-Maior Conjunto, e o Brigadeiro-Intendente Mauro Fernando Costa Marra, da Força Aérea Brasileira, assumiu o cargo de Chefe do Departamento de Gestão e Ensino, ambos do Comando de Defesa Cibernética (Com D Ciber) na estrutura regimental do Exército Brasileiro.

A cerimônia foi realizada terça-feira, dia 25 de abril, no auditório do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército (DCT), no Forte Caxias, em Brasília.

O Almirante Nelson ascendeu ao atual posto em março de 2016. Além do Curso de Formação de Oficial do Corpo da Armada, possui os cursos de Aperfeiçoamento de Submarino para Oficiais, de Comando e Estado-Maior e de Política e Estratégia Marítimas.

Já o Brigadeiro Marra é praça de março de 1979 e ascendeu ao atual posto em julho de 2016. Além dos cursos de Formação e Aperfeiçoamento de Oficiais de Intendência, possui o curso de Comando e Estado-Maior e de Política e Estratégia Aeroespaciais. Também se formou em Análise de Sistemas e possui MBA em Política e Estratégia Aeroespacial e em Gestão Administrativa.

“Trabalhar na defesa cibernética do Brasil, nas Forças Armadas, é um privilégio. Há muito trabalho para ser feito, e eu ter sido designado para essa missão é um orgulho muito grande. Estaremos, juntos, integrando as Forças para desenvolver esse trabalho”, comentou o Brigadeiro Marra.

Segundo o Chefe do DCT, General de Exército Juarez Aparecido de Paula Cunha, esse é um momento histórico dentro das Forças Armadas. “Estamos vivendo um momento histórico, porque depois da criação do Ministério da Defesa, é a primeira vez que oficiais-generais de outras Forças passam a integrar a estrutura regimental do Exército.

Nenhuma Força combate individualmente. Juntos, estamos efetivando a interoperabilidade. É bom que isso esteja se efetuando no ambiente cibernético, um campo que exige proatividade para atuarmos em cenários adversos”, considera o General Juarez.

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O Com D Ciber

O Comando de Defesa Cibernética foi organizado de forma conjunta para fazer frente a um ambiente operacional que cresce a cada dia. Sua missão é planejar, orientar, coordenar e controlar as atividades operativas, doutrinárias, de desenvolvimento e de capacitação no âmbito do Sistema Militar de Defesa Cibernética, sendo seu órgão central, com o objetivo de assegurar o uso efetivo do espaço cibernético pelas Forças Armadas brasileiras e impedir ou dificultar sua utilização contra interesses da Defesa Nacional.

Os cargos recém-assumidos foram instituídos em 11 de novembro de 2016 pelo Ministro da Defesa e têm as funções abaixo especificadas.

O Chefe do Estado-Maior Conjunto do Comando de Defesa Cibernética é responsável por consolidar a estrutura conjunta de defesa cibernética nos planejamentos estratégicos e operacionais e o desenvolvimento da doutrina cibernética conjunta, genuinamente nacional, que atenda às peculiaridades do Brasil e das Forças Armadas.

Já o Chefe do Departamento de Gestão e Ensino tem a missão de promover o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento de tecnologia nacional na área cibernética, com a finalidade de criar um banco de conhecimento especializado e compartilhado, bem como promover a interação dos projetos de ensino congêneres ou similares em desenvolvimento nas Forças Armadas, no Ministério da Defesa e em instituições civis, públicas e privadas, interagindo com a comunidade acadêmica nacional e internacional.

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Foto: Sd Rafael / Agência Verde-Oliva – EB

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