Uma Presidente em Queda Livre


Paulo Eneas
Analista político nacional e internacional
É editor do blog Critica Nacional
 pauloeneas@hotmail.com

A presidente Dilma Rousseff concedeu entrevista na tarde de sexta-feira (11MAR2016), onde fez uma série de afirmações que confirmam que seu governo acabou, se é que algum dia começou, e que ela carece de qualquer autoridade política ou moral para permanecer no cargo de chefia de nação.

Ela afirmou que "solicitar minha renúncia é reconhecer que não há base para o impeachment". Em primeiro lugar os brasileiros não estão solicitando sua renúncia, mas sim exigindo que ela seja removida do cargo por meio do instrumento que a democracia e a Constituição Federal oferecem e que se chama impeachment.

Sua eventual renúncia como ato pessoal voluntário em benefício do país seria um gesto de grandeza que dificilmente se pode esperar de uma ex-guerrilheira comunista alçada à presidência do país para a levar adiante um projeto de poder socialista autoritário e antidemocrático. 

Em segundo lugar, dizer que não há base para o impeachment é demonstrar descolamento da realidade, pois todas as investigações conduzidas até agora pela Lava Jato apontam nesse sentido, razão pela qual o pedido de impeachment foi formalmente acolhido pela chefia do legislativo.

Ao insistir que não há base para o impeachment, Dilma exerce o papel de aprendiz de bravatas que aprendeu com seu mentor político. E ao considerar a possibilidade de ter Lula em seu ministério, Dilma confirma o que estamos falando há tempos: o petismo não mais governa o país no sentido razoável da palavra governar.

O PT apenas ainda está no poder, e se ocupa unicamente em nele se manter, até mesmo como forma de tentar proteger seus dirigentes, a começar pelo seu chefe supremo, das ações na justiça. O suposto governo petista hoje é uma delinquência institucional. 

Por fim, ao fazer referência a supostos atos de violência nas manifestações do próximo domingo, Dilma repete a estratégia leviana e covarde que o petismo vem adotando esses dias que é a de tentar intimidar e amedrontar as pessoas de bem que pretendem protestar pacificamente exigindo sua saída. É preciso que fique claro: todas as manifestações pró-impeachment sempre ocorreram de maneira pacífica e sem qualquer incidente. E não será diferente dessa vez.

Quem sempre apostou no confronto e na violência é a esquerda do petismo, que é tem como estratégia de usar de violência ou como bravata como instrumento para fazer política ou intimidar. Ao insistir na insinuação leviana de sua suposta preocupação com violência e confrontos, Dilma está fazendo aquilo que ela fez para chegar à presidência: mentindo e dissimulando, e mostrando assim que ela não é digna o bastante para estar à frente da chefia da nação.

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