CORE 23 discute o papel das mulheres militares

Macapá (AP) – Como parte da programação do Exercício CORE 23, foi realizado o Painel de Gênero: “Mulheres, paz e segurança”, na manhã desta segunda-feira, 6, no auditório da 22ª Brigada de Infantaria de Selva.

O tema é parte de uma agenda global, regida pela Resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que se baseia no reconhceimento das mulheres como agentes críticos na prevenção e resolução de conflitos e na reconstrução de sociedades estáveis em todo o mundo. O Painel também discutiu assuntos relacionados à presença da mulher na carreira militar. 

A Chefe de Estado-Maior Conjunto da Guarda Nacional de Nova Iorque, General de Brigada Smith, tem 35 anos de carreira militar e disse que para alcançar o mais alto posto na Força americana foi preciso ser tenaz para superar os desafios. “Houve alguns desafios que encontrei, no entanto, ao longo dos anos, aprendi a superá-los tanto na capacidade mental quanto na capacidade física. Encontrei maneiras de contornar isso e de garantir que saibam que tenho voz, assim como meus colegas do segmento masculino, e que tenho ideias como eles. Então, acho importante enviarmos essa mensagem para outras mulheres que estão ingressando no exército, para que saibam que também podem se destacar”.

Atualmente, mais de 13 mil mulheres militares compõem as fileiras do Exército Brasileiro em diversas áreas de atuação. O General Vinícius, que comandou o Corpo de Cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras no período de formação da primeira turma de mulheres, destacou a importância do segmento feminino: “É interessante ver como as mulheres militares vem conduzindo as atividades dentro do Exército Brasileiro; ver a seriedade, o profissionalismo e a maturidade das mulheres no desempenho das diversas funções. Desde a Academia, a gente vê que não há distinção no tratamento e na condução das atividades. Isso quebra alguns tabus e mostra que elas vão conquistando seu espaço na Força Terrestre”.

No exercício CORE 23, oito militares do seguimento feminino compõem a Força Tarefa. A Segundo-Sargento Ingrid Freitas, da turma de 2011 do Serviço de Saúde, acredita que mesmo sendo minoria, a instituição vem reconhecendo o papel da mulher militar. “Hoje, consigo vislumbrar o quanto o Exército se esforça para que nós possamos ocupar nossos espaços de forma igualitária”.

Fonte: Comando Militar do Norte

Compartilhar:

Leia também

Inscreva-se na nossa newsletter