Truques dos políticos brasileiros para exagerar na questão de Taiwan estão fadados ao fracasso

Nota DefesaNet

Incluída a mensagem do Deputado Federal Paulo Eduardo Martins (PSC/PR).

29 Maio 2020

O Editor

Leng Shumei

Globaltimes.cn

27 de maio de 2020

Nota DefesaNet – A publicação Global Times é um orgão

de propaganda do Partido Comunista Chinês 

 

Os truques de alguns políticos brasileiros de tornar a China como bode expiatório por uma situação epidêmica que se agrava rapidamente no país ao exagerar a questão de Taiwan estão fadados ao fracasso, disseram especialistas chineses na terça-feira, enfatizando uma sólida cooperação e relações entre a China e o Brasil.

O respeito pelo princípio da China única é a premissa básica e a pedra angular do relacionamento da China com outros países, destacaram os analistas chineses. Brasil e China estabeleceram laços diplomáticos em 1974.

Os comentários vieram depois que Paulo Eduardo Martins, um membro do Congresso brasileiro postou uma foto de um documento supostamente da Embaixada da China em suas plataformas de mídia social na terça-feira.

 

Nota DefesaNet

DefesaNet recebeu da assessoria do Deputado Federal Paulo Eduardo Martins-(PSC-PR), o seguinte comunicado:

A carta citada na reportagem “Truques dos políticos brasileiros para exagerar na questão de Taiwan estão fadados ao fracasso” foi enviada oficialmente para a Câmara dos Deputado e a Secretaria de Relações Internacionais e a encaminhou para o e-mail dos deputados. Portanto é um fato.

No texto, ao usar o “supostamente”, abre-se margem para interpretação dúbia.

 

Além de deputado, Paulo Eduardo Martins é jornalista, jamais publicaria uma notícia falsa. A contestação não é sobre opiniões contidas na reportagem, que é bastante alinhada às diretrizes do Partido Comunista Chinês. E sim sobre o fato de levantar dúvidas a respeito da materialidade do documento.

Brasília DF

Maio 2020

Brasília DF

Maio 2020

 

Ele alegou que o documento era uma carta que a embaixada chinesa havia enviado aos parlamentares brasileiros, recomendando que este não parabenizasse a líder de Taiwan Tsai Ing-wen por sua inauguração em 20 de maio. A carta foi emitida em 13 de maio, segundo o post.

Recentemente, alguns políticos brasileiros atacaram e difamaram a China com a pandemia do COVID-19. A inauguração de Tsai foi apenas a última edição que eles tentaram usar para desviar a atenção do povo brasileiro da epidemia que se agravava rapidamente no país, disse Wu Hongying, diretor do escritório LatAm dos Institutos de Relações Internacionais Contemporâneas da China, ao Global Times on Terça.

"Mas o truque está fadado ao fracasso. Também não afetará os sólidos e estreitos laços entre China e Brasil, que não são apenas promovidos pelos dois governos, mas saudados por pessoas de ambos os lados", disse Wu. Ela observou que o governo brasileiro sempre respeitou o princípio da China única.

As autoridades de Taiwan notaram as postagens e interagiram com Martins nas plataformas de mídia social. A questão atraiu alguns elementos radicais anti-China no Brasil e na ilha, alguns dos quais começaram a criar uma hashtag no Twitter #VivaTaiwan, que logo começou a tendência.

Tsai também divulgou um post em sua conta no Twitter na terça-feira com a hashtag #VivaBrazil.

A questão surgiu cerca de dois meses depois que o deputado federal brasileiro Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, culpou a China no Twitter pela disseminação do novo coronavírus, após o tweet do "vírus chinês" do presidente dos EUA, Donald Trump.

Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, pediu desculpas em um tweet pelo controverso tweet mencionado acima, observando que "essa atitude não corresponde à importância da parceria estratégica Brasil-China e de nossos laços diplomáticos".

A China continua sendo o maior parceiro comercial do Brasil há anos.

Em 2019, o valor do comércio bilateral entre China e Brasil foi de US $ 98 bilhões. As exportações brasileiras para a China totalizaram US $ 63 bilhões no mesmo ano – 28% do total anual de exportações brasileiras – seguidas pelos EUA, US $ 30 bilhões.

O número de casos confirmados de COVID-19 no Brasil atingiu quase 380.000 a partir das 19h30 de terça-feira, classificando-o como o segundo país mais afetado do mundo depois dos EUA.

Yang Wanming, embaixador chinês no Brasil, explicou em entrevista à China Central Television em 16 de maio que o surto abrupto estava relacionado ao movimento contínuo da população entre o Brasil e os países americanos e europeus onde o vírus estava se espalhando nos estágios iniciais da pandemia. O Brasil lançou medidas estritas para prevenir e controlar uma epidemia doméstica, disse Yang.

Analistas chineses apontaram que um sistema de saúde limitado no Brasil é outra razão pela qual o governo brasileiro achou difícil controlar a epidemia.

A cooperação aprimorada no trabalho antiepidêmico é atualmente uma parte importante da cooperação China-Brasil, disse Yang, observando que a China está disposta a apoiar o Brasil para superar a epidemia.

Segundo Yang, a embaixada chinesa está se comunicando ativamente com as autoridades brasileiras e convidou especialistas médicos chineses que estavam na linha de frente em Wuhan e em outros lugares em Hubei para compartilhar a experiência da China no combate à epidemia com eles por meio de conferências on-line.

As empresas chinesas no Brasil também doaram um grande número de materiais médicos, incluindo ventiladores, kits de teste de vírus, roupas e máscaras de proteção, para diferentes locais do Brasil.

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