BR-USA – Discurso de Leon Panetta na ESG – Traduzido

ESG RECEBE O SECRETÁRIO DE DEFESA DOS EUA

O Secretário de Defesa norte-americano, Leon E. Panetta ministrou palestra para integrantes da Escola Superior de Guerra (ESG), na manhã do dia 25 de abril. Leon Panetta falou sobre a cooperação entre Brasil e Estados Unidos na área de Defesa e destacou os objetivos e interesses comuns entre as duas nações.

Em seguida, ele respondeu às perguntas dos estagiários do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia (CAEPE) e do Curso Superior de Inteligência Estratégica (CSIE).

O Comandante da Escola Superior de Guerra, General de Exército TÚLIO CHEREM, entregou uma placa institucional da ESG e um diploma pela palestra proferida ao Secretário de Defesa norte-americano, encerrando o evento.

 

Para o texto em inglês acesse Link
Texto como liberado pela Embaixada Americana em Brasília DF

Escola Superior de Guerra
Rio de Janeiro, Brasil

Quarta-feira, 25 de abril de 2012

Muito obrigado pela calorosa apresentação e bom dia a todos vocês. É um grande privilégio e uma grande honra para mim estar aqui no Rio de Janeiro durante minha primeira visita ao Brasil e minha primeira visita à América do Sul como secretário de Defesa dos Estados Unidos.

Esta cidade é conhecida em todo o mundo por sua beleza natural, suas praias e sua cultura vibrante. Sou de uma cidade litorânea da Califórnia. Nasci em Monterey, Califórnia. E Monterey tira sua história de uma longa herança das Américas Central e Latina. Como italiano, sinto uma ligação muito forte com este lugar, com seu povo e sua história.

É especialmente gratificante estar aqui na Escola Superior de Guerra. Orgulho-me do apoio que os Estados Unidos deram para ajudar na criação desta escola em 1949 e orgulho-me das ligações que foram construídas entre esta instituição e o Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Sei que a Universidade de Defesa Nacional em Washington está aguardando ansiosamente para receber o general Cherem no mês que vem e aprimorar ainda mais nossa crescente cooperação na formação militar profissional.

Esta visita ao Brasil é muito significativa para mim, porque, como tantos nos Estados Unidos, sinto uma afinidade especial pelo Brasil. É uma afinidade atestada nos valores comuns –valorem comuns que compartilhamos, valores comuns que têm enriquecido nossas duas nações – nações que compartilham recursos naturais abundantes, nações fortalecidas por nossas instituições democráticas e guiadas por um sonho comum de forjar um mundo melhor para nossos filhos.

Nossas nações também foram moldadas pelas experiências comuns de nossos povos diversificados, das nossas antigas culturas indígenas ao legado da escravidão africana e das muitas famílias que chegaram aos nossos países vindas da Europa e da imigração europeia.

Minha própria história é em muitas maneiras a história dos Estados Unidos da América e em muitas maneiras a história do Brasil também.

Sou filho de imigrantes italianos que deixaram a Itália no início dos anos 1930 para construir uma vida nova nos Estados Unidos. Ao crescer, perguntava ao meu pai: “Por que você viajou tantas milhas para vir a um país estranho?” Eles vieram de uma região pobre da Itália, mas tinham pelo menos o conforto da família. E eu perguntava: “Por que você pegou suas coisas, deixou sua família e viajou toda aquela distância para um país estranho?” E nunca vou me esquecer de sua resposta. Ele respondia: “Porque eu e sua mãe acreditamos que podíamos dar a nossos filhos uma vida melhor.”

Aquele sonho, aquela convicção motivou outros milhões a mudar de vida e partir para o Novo Mundo. Milhões foram para os Estados Unidos e milhões vieram para o Brasil. Sua história deve lembrar a todos nós o quanto os Estados Unidos e o Brasil compartilham em experiências e interesses comuns, inclusive nossa meta comum de fazer avançar a paz e a segurança no século 21.

Esse interesse comum na paz e na segurança é a base da forte e vibrante parceria que Estados Unidos e Brasil estão construindo juntos – uma parceria cuja meta é tão simples quanto o sonho de imigrante dos meus pais: dar a nossos filhos uma vida mais segura.

Hoje gostaria de abordar a relação Brasil-EUA na área de defesa, porque acredito que estamos em um ponto crucial na história das duas nações, em que temos a oportunidade de forjar um relacionamento de segurança novo, forte, inovador para o futuro. Temos diante de nós uma oportunidade verdadeiramente histórica de construir uma parceria em defesa – uma parceria estratégica baseada no interesse mútuo e no respeito mútuo, uma parceria baseada na nossa convicção de que um Brasil forte e próspero que assume seu legítimo lugar como líder global será uma força para a paz e um modelo para outras nações no século 21.

Essa oportunidade se dá quando os Estados Unidos se encontram em um momento decisivo crucial após uma década de guerra no Iraque e no Afeganistão, uma guerra contra a Al Qaeda e o terrorismo, uma guerra contra a Al Qaeda e seus militantes aliados, especialmente depois do ataque de 11 de setembro. Obtivemos triunfos significativos contra a Al Qaeda. Enfraquecemos sua liderança e sua capacidade de realizar o tipo de ataque feito em 11 de setembro. Conduzimos a guerra no Iraque para um final responsável. No Afeganistão, demos início à transição da segurança, governança e responsabilidade para os afegãos e, apesar dos desafios – e ainda existem desafios reais que precisam ser enfrentados, mas a realidade é que devido à grande liderança do general Allen, nosso comandante da forças dos EUA e da Otan, a estratégia que ele projetou está tendo êxito. A meta de um Afeganistão seguro e soberano que não seja refúgio para terroristas planejarem ataques como os de 11 de setembro –  aquela meta pode ser vislumbrada.

Essas transições permitiram aos Estados Unidos concentrar nova energia em novas oportunidades e desafios em todo o globo, inclusive aqui no Continente Americano.

Os desafios internacionais de segurança que nos confrontam ainda são muito reais e ameaçadores. Ameaças transnacionais como extremismo violento, o comportamento desestabilizante de nações como Irã e Coreia do Norte, nós vemos agora poderes emergentes no Pacífico Asiático e vemos contínuas turbulências no Oriente Médio e no Norte da África. Ao mesmo tempo, estamos lidando com a natureza mutante da guerra, a proliferação de armas e materiais letais e a crescente ameaça da invasão cibernética. Creio que o ciberespaço é, de muitas maneiras, um campo de batalha em potencial do futuro. E, aqui neste continente, enfrentamos o tráfico ilícito de drogas e desastres naturais.

Esses desafios afetam a todos nós: nossos povos, nossas economias e nosso modo de vida futuro. E o mundo está tão profundamente interconectado que esses desafios estão realmente além da capacidade de qualquer nação de resolvê-los sozinha.

Tudo isso está acontecendo em um momento nos Estados Unidos em que também enfrentamos um déficit record e uma dívida record. A Defesa tem um papel a desempenhar para ajudar a reduzir esse déficit, mas eu não creio, como alguém envolvido em questões orçamentárias ao longo de grande parte da minha carreira em Washington – eu não creio que tenhamos que escolher entre a segurança nacional e a segurança fiscal, e por essa razão, os chefes de todos os nosso serviços no Pentágono, o chefe do Estado Maior, todos os nossos secretários foram envolvidos um esforço para projetar uma estratégia para as forças de defesa dos Estados Unidos para o futuro. Como resultado desse esforço, apresentamos uma nova estratégia de defesa que visa a tratar dos desafios que eu mencionei – em grande medida enfrentar tais desafios revigorando nossas parcerias de defesa e segurança em todo o mundo.

Permitam-me descrever os principais elementos dessa nova estratégia:
 

•Primeiro, as Forças Armadas dos EUA ficarão menores e mais enxutas ao nos retirarmos das duas guerras, mas sua grande força será a agilidade, a flexibilidade, a capacidade de rapidamente se mobilizar quando necessária e o fato de ser sempre tecnologicamente avançada.
•Segundo, vamos reequilibrar nossa postura global para dar destaque ao Pacífico Asiático e ao Oriente Médio, reconhecendo os muitos desafios e oportunidades nessas regiões.
•Terceiro – e isso é de singular importância com relação a este continente – vamos procurar revigorar nossas relações de segurança em todo o mundo construindo parcerias de defesa inovadoras, construindo alianças, construindo relacionamentos em particular na Europa, na África e aqui no Continente Americano.
•Quarto, vamos garantir, como é nosso dever, que as Forças Armadas dos Estados Unidos continuem capazes de enfrentar a agressão e derrotar o adversário a qualquer momento, em qualquer lugar. Temos que ter a capacidade de enfrentar mais de um inimigo ao mesmo tempo e sermos capazes de derrotá-los.
•Por último, vamos priorizar e proteger investimentos em novas tecnologias – aquelas tecnologias para o futuro como inteligência, vigilância e reconhecimento, sistemas não-tripulados, espaço, ciberespaço, operações especiais e a capacidade de mobilização rápida quando necessário.

 

Essa nova estratégia reconhece que os Estados Unidos precisam continuar a ser uma potência global, mas que mais e mais nações estão fazendo e precisam fazer contribuições importantes à segurança global. Saudamos e incentivamos essa nova realidade, porque, francamente, ela torna o mundo mais seguro e todas as nossas nações mais fortes.

É com essa perspectiva estratégica que acabo de descrever e essa convicção nas possibilidades de novas parcerias que vim ao Brasil. Ontem em Brasília, o ministro Amorim e eu demos início a um novo diálogo orientado pelo presidente Obama e pela presidente Dilma quando se reuniram no início do mês em Washington.

Esse Diálogo de Cooperação em Defesa tem potencial para ajudar a transformar a cooperação em defesa Brasil-EUA porque fornece uma maneira para as Defesas dos dois países focarem em áreas onde haja potencial a realizar para nossos dois países fazerem muito mais em conjunto.

Com o Brasil assumindo seu legítimo lugar como líder global, reconhecemos que a natureza da nossa relação em 2012 é, e deve ser, fundamentalmente diferente da que foi em 1824, quando os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer um Brasil independente, ou de 1942, quando o Brasil tomou a decisão de entrar na Segunda Guerra Mundial junto com os Estados Unidos e depois se tornou a única nação sul-americana a enviar soldados para lutar na 2ª Grande Guerra. E também diferente da dos anos 1980 e 1990, quando os Estados Unidos assumiam que sozinhos poderiam prover segurança para esta região.

Hoje, esta é uma relação – entre Estados Unidos e Brasil – uma relação entre duas potências globais e saudamos a força crescente do Brasil. Apoiamos o Brasil como líder global e buscamos uma cooperação em defesa mais próxima, porque acreditamos que um Brasil mais forte e engajado globalmente ajudará a aumentar a segurança internacional para todos nós. Com o aprofundamento da nossa parceria, a força do Brasil é mais do que nunca a nossa força.

Já vislumbramos alguns dos benefícios nos últimos anos à medida que a nossa relação na área da defesa caminhou firmemente em direção à cooperação mais próxima. Vou dar alguns exemplos.

Após o terremoto de janeiro de 2010 no Haiti, milhares de militares americanos e brasileiros trabalharam lado a lado para fornecer ajuda emergencial aos haitianos. Foi a maior operação militar conjunta de nossos países desde a Segunda Guerra Mundial.

Apenas alguns meses após o terremoto do Haiti, os Estados Unidos e o Brasil assinaram dois importantes acordos para facilitar a cooperação em defesa e o compartilhamento de informações militares confidenciais.

Nossas Forças Armadas ampliaram muito o treinamento e os exercícios conjuntos. Militares dos Estados Unidos vêm recebendo mais pedidos para participar de exercícios militares no Brasil e frequentar escolas das Forças Armadas brasileiras, como esta escola. Por exemplo, o efetivo militar dos EUA está mais uma vez treinando no Centro de Instrução de Guerra na Selva do Exército brasileiro. Nossos efetivos navais estão fazendo exercícios conjuntos regularmente, tanto perto quanto longe, do litoral do Rio de Janeiro ao Golfo da Guiné na costa da África. E, dois anos atrás, a Força Aérea dos EUA participou pela primeira vez do exercício aéreo multinacional Cruzex da Força Aérea Brasileira. A Força Aérea Americana está aguardando a participação do Brasil em seu exercício Red Flag no próximo ano.

Esses são apenas alguns exemplos do quanto nossa cooperação tem aumentado, tornado nossos militares mais fortes e reforçado nossa segurança regional e global. Acredito que nossa relação na área de defesa é agora tão forte quanto o foi desde a 2ª Grande Guerra.

No entanto, a meu ver, todos podemos concordar que há muito mais coisas a fazer juntos e que é de nosso total interesse buscar uma visão em comum de cooperação em defesa mais profunda que faça avançar a paz e a segurança no século 21.

O diálogo que o ministro Amorim e eu começamos ontem, creio eu, lançará os alicerces para aprofundar a cooperação em muitas e variadas áreas no futuro. Por exemplo, tanto o Brasil quanto os Estados Unidos têm comunidades científicas e de pesquisa extraordinárias e de nível mundial que se beneficiariam com o maior compartilhamento de informações e pesquisas conjuntas em assuntos de defesa. No espírito da iniciativa “Ciência sem Fronteiras” da presidente Dilma, eu gostaria de encontrar uma maneira para que nossas instituições de defesa melhorem a cooperação em pesquisa por meio de programas de intercâmbio entre nossas instituições científicas e de projetos de pesquisa conjuntos.

Nesse sentido, creio que a segurança cibernética representa uma grande promessa de cooperação cada vez maior. O ciberespaço, como eu disse, de muitas maneiras, é o campo de batalha do futuro. O ciberespaço tem o potencial de mutilar uma nação, de derrubar seus sistemas de redes de força, seus sistemas governamentais, derrubar seus sistemas financeiros. Este é um potencial real hoje. Nossas duas nações têm infraestrutura essencial que é alvo diário de invasões e ataques potenciais. Por esse motivo, acredito que nossos países devem potencializar nossos amplos conhecimentos técnicos e trocar mais informações sobre políticas cibernéticas, capacitação e melhores práticas.

Trocas de informações – melhores práticas em apoio à defesa para autoridades civis – também poderiam ser úteis, já que o Brasil se prepara para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de Verão de 2016. Sei que o povo brasileiro está muito orgulhoso de seu país abrigar esses eventos tão importantes, e eu os cumprimento por essa conquista. Os Estados Unidos estão prontos para compartilhar suas próprias experiências e lições aprendidas para garantir a segurança de eventos similares de importância mundial.

Visando não somente nosso território, mas também além de nossas fronteiras, há ainda mais oportunidades para aumentar a colaboração e a cooperação em defesa em áreas de interesse comum. Por exemplo, ambas as nações têm conexões históricas com a África e interesse estratégico na estabilidade desse continente. Devemos estudar formas para que os efetivos militares dos dois países trabalhem juntos para auxiliar militares africanos, quer através da realização de exercícios conjuntos, quer por outras formas de capacitação para tentar melhorar sua habilidade de prover melhor segurança no que todos nós sabemos ser um continente volátil.

Outro desafio internacional é a ameaça de desastres naturais e aqui os Estados Unidos e o Brasil poderiam cooperar mais intimamente para responder melhor quando outros países – especialmente neste continente – pedirem ajuda internacional diante de um desastre de grandes proporções.

Como duas potências econômicas deste continente, nossas nações construíram uma relação comercial próspera que inclui amplo comércio na área da defesa, mas essa também é uma área propícia para crescer. Em especial, os Estados Unidos buscam aumentar o fluxo de mão dupla no comércio de defesa de alta tecnologia entre nossos países.

Sei que os controles de exportações dos Estados Unidos podem ter criado a impressão de estarmos tentando limitar esse comércio, mas asseguro-lhes que os Estados Unidos apoiam fortemente o compartilhamento de tecnologias avançadas com o Brasil. De fato, o governo dos EUA aprovou mais de quatro mil pedidos de licença de exportação – pedidos feitos a cada ano envolvendo a exportação de tecnologia significativa para o Brasil, de armas e aeronaves a sistemas integrados de combate para navios e submarinos da Marinha. Esses números estão empatados com as taxas de aprovação de licenças do governo dos EUA para seus aliados em tratados e parceiros mais próximos. Por favor, não se enganem: nós vamos trabalhar com vocês para avançar o comércio de defesa.

Talvez o exemplo mais destacado de nossa disposição em fazer parceria com o Brasil em tecnologia avançada de defesa seja a oferta do governo dos EUA de fornecer nosso avião de combate Super Hornet para a Força Aérea Brasileira. Essa oferta, que tem o forte apoio do Congresso dos Estados Unidos, inclui o compartilhamento sem precedentes de tecnologia avançada reservada apenas para nossos aliados e parceiros mais próximos.

Mas essa oferta representa muito mais do que fornecer ao Brasil o melhor caça disponível. Com o Super Hornet, os setores de aviação e defesa do Brasil poderiam transformar suas parcerias com empresas dos EUA e teriam a melhor oportunidade para entrar nos mercados mundiais.

Entendemos perfeitamente que o Brasil não busca apenas a compra de um avião de combate, mas sim ser um parceiro pleno no desenvolvimento de tecnologia de aviação de última geração. Compartilhamos essa meta e espero que o governo brasileiro, por fim, decida comprar o Super Hornet para compor a próxima geração de caças de sua Força Aérea. Propusemos uma oferta muito boa. É uma oferta que reflete quão importante é essa parceria para os Estados Unidos.

Desde o aprofundamento de intercâmbios científicos e comércio em defesa ao desenvolvimento de uma abordagem comum para enfrentar desafios de segurança internacional neste continente e em outros lugares, creio que voltarei desta minha visita ao Brasil extremamente otimista com o futuro – o futuro dessas relações em defesa, o futuro de nossa cooperação e o de nossa parceria. E, sob essa ótica, espero receber o ministro Amorim para o próximo diálogo em Washington.

Entendemos que não concordaremos em todos os assuntos. Nunca dois países, nem mesmo nossos aliados mais próximos, o fazem. Mas acredito que nossos interesses comuns, nossos valores comuns são tão grandes e as possibilidades advindas de nossa cooperação, tão tangíveis, que devemos agarrar essa oportunidade de construir uma parceria mais forte em defesa para o futuro.

Deixe-me encerrar contando-lhes sobre o sargento do Exército dos EUA Felipe Pereira, brasileiro de 28 anos que se mudou para os EUA aos 17 anos para aprender inglês em uma faculdade de Nebraska e que agora serve como líder de pelotão na histórica 101a Divisão Aerotransportada.

O sargento Pereira neste mês recebeu uma das mais altas condecorações de nossas Forças Armadas, a medalha Distinguished Service Cross. Ele foi condecorado com essa medalha por valor extraordinário no campo de batalha de Candahar, no Afeganistão. Após a detonação de uma bomba de fabricação caseira na estrada, que matou dois de seus colegas, o sargento Pereira avançou, enfrentando o fogo inimigo para evacuar soldados feridos, apesar de ele próprio estar ferido.

Suas ações salvaram a vida de pelo menos dois outros soldados e demonstraram bravura e coragem extraordinárias. Essas ações são um tributo a ele. São um tributo ao legado brasileiro. E são um tributo aos estreitos laços familiares e afetivos que ligam nossas duas grandes nações.

Que esse exemplo nos guie de forma a lutarmos juntos por aquele sonho de nossos pais – o sonho de uma vida melhor e mais segura para nossos filhos e para um mundo mais pacífico e seguro para nossas duas nações no século 21.

Hoje os Estados Unidos, o Brasil e para tanto, todas as nações deste continente, compartilham um destino comum – um destino de esperança, de paz, de segurança e de democracia para todos os nossos povos.

Muito obrigado.

Leon Panetta
Secretário de Defesa

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