CRUZEX já traz benefícios práticos para o Brasil

A CRUZEX é uma simulação de guerra aérea, mas as seis edições do exercício já mudaram a forma da Força Aérea Brasileira atuar em operações reais. "Nas Operações Ágata, muito dos procedimentos que nós realizamos hoje, a forma de empregar o poder aéreo, surgiu com o aprendizado da CRUZEX", afirma o Major-Brigadeiro Antônio Egito, Diretor da CRUZEX C2 2012.

Um dos exemplos práticos das inovações foi um novo manual de condução de operações aéreas, criado a partir desses exercícios.  O modelo de Comando e Controle hoje empregado pela FAB é o mesmo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A divisão de atividades e o fluxo de decisões é tomado de forma a aumentar a eficiência e agilidade do emprego das aeronaves. Neste ano, também são simulados situações novas, como o uso de satélites e alvos que ficam "disponíveis" apenas em determinados espaços de tempo.

Em paralelo, os quase 200 militares brasileiros que hoje participam da CRUZEX C2 2012 são oriundos de unidades espalhadas por todo o país. Há especialistas de diversas aéreas, como inteligência, planejamento de missões, logística, comunicações e avaliação de alvos. "No final de tudo isso, a Forca Aérea Brasileira está se capacitando para empregar o poder aeroespacial em defesa dos interesses brasileiros", finaliza o Brigadeiro Egito.

O Exercício

A sexta edição do Exercício Cruzeiro do Sul (CRUZEX), maior operação militar combinada da América do Sul, pela primeira vez será exclusivamente voltada para ações de comando e controle. Ou seja, as aeronaves cedem espaço para os recursos tecnológicos utilizados no treinamento virtual, onde serão testados diferentes ciclos decisórios na análise de problemas militares simulados.

Neste ano, o exercício realizado de 4 a 16 de novembro na Base Aérea de Natal (BANT), terá número recorde de países participantes: 12. Além do Brasil, militares da Argentina, Canadá, Chile, Equador, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Peru, Suécia, Uruguai e Venezuela participarão do exercício. A única nação observadora será Portugal.

Ao todo, serão 300 militares brasileiros e estrangeiros, além de aproximadamente 1.800 militares do efetivo da BANT, que darão apoio durante todo o exercício. Esta é a primeira vez que britânicos, canadenses e suecos virão para a CRUZEX.

Coordenada pela Força Aérea Brasileira (FAB), a CRUZEX tem como objetivo treinar forças aéreas no planejamento de operações combinadas. A FAB segue o modelo empregado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em conflitos internacionais. Os militares brasileiros e estrangeiros poderão treinar no contexto de uma moderna estrutura de comando e controle unificado, além de trocarem experiências e conhecimentos.

Desde a sua última edição, em 2010, a CRUZEX passou por mudanças importantes. Uma delas é dividir o exercício em duas versões distintas: uma voltada para a atividade de Comando e Controle, exercitando o planejamento de uma Força Aérea Componente, e outra visando essencialmente o treinamento de pilotos e tripulações em missões de combate. O objetivo de ter dois exercícios com focos diferentes é buscar a redução de custos e a maximização do aprendizado.

Fonte: Comando da Aeronáutica – Exercício Cruzex C2 2012.

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