Mitsubishi começa a fabricar avião que concorrerá com a Embraer

A Mitsubishi Heavy Industries e a Mitsubishi Aircraft Corp. começaram ontem a fabricar o Jato Regional Mitsubishi (MRJ), projetado para transportar de 70 a 90 passageiros.

Em cerimônia marcando o início da atividade da unidade da Mitsubishi Heavy em Tobishima, na região administrativa de Aichi, o presidente da Mitsubishi Aircraft, Hideo Egawa, disse que o MRJ é "o símbolo da esperança de que nosso país vai reviver e se reerguer depois da tragédia de 11 de março" – referindo-se ao terremoto e ao tsunami que devastaram parte do país -, segundo o jornal Nikkei.

Egawa afirmou que o terremoto não afetou os planos de produção do MRJ. O primeiro voo da nova aeronave está previsto para 2012 e as primeiras entregas para as companhias aéreas All Nippon Airways e para a norte-americana Trans States Holdings estão previstas para 2014.

A expectativa é de que o MRJ consuma 20% menos combustível do que outros aviões de tamanho comparável. Depois da montagem da fuselagem em Tobishima, a montagem das asas e o término da construção deverão ser feitos em uma fábrica da Mistubishi Heavy em Komaki Minami.

Retomada. O projeto do MRJ foi anunciado no início de 2008, e previa investimentos de US$ 1 bilhão no desenvolvimento. É o primeiro avião comercial construído no Japão desde o YS11, movido a hélice, cuja produção foi interrompida em 1973.

Com sua capacidade, vai concorrer diretamente com jatos fabricados pela Embraer e pela canadense Bombardier. À época do anúncio do projeto, o presidente da Embraer, Frederico Curado, disse que os planos da Mitsubishi não representavam uma ameaça imediata à empresa. "Não é ameaça hoje, ou nos próximos 5 a 10 anos. Daqui a 20, 25 anos, pode ser uma tremenda ameaça e os chineses também poderão ser, dependendo da obstinação deles", disse Curado à agência Reuters. / DOW JONES NEWSWIRES

Investimento

US$ 1 bi
Era a previsão de investimentos no desenvolvimento do MRJ quando o projeto foi anunciado pela Mitsubishi, em 2008.

70 a 90 passageiros será a capacidade dos jatos, que devem concorrer diretamente com aviões fabricados pela Embraer e pela canadense Bombardier

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