Capacidades da Aviação de Reconhecimento são treinadas em exercício

Ten Cristiane dos Santos E Tenente-Coronel Santana


Do uso de balões ao emprego de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP), passando também de câmeras fotográficas a sensores de última geração. O reconhecimento aéreo tem muito a celebrar neste dia 24 de junho, data que marca os 72 anos da Aviação de Reconhecimento na FAB, com novas tecnologias empregadas.

Na Força Aérea, a Aviação de Reconhecimento teve início em 1947, com a criação do Esquadrão Poker (1º/10º GAV). De acordo com o Comandante do Esquadrão, Tenente-Coronel Aviador Murilo Grassi Salvatti, inicialmente o 1º/10º GAV era a única unidade da FAB que fazia reconhecimento e é, ainda hoje, a unidade dedicada ao reconhecimento tático empregando as aeronaves RA-1AM.

“Nós voamos dentro do território inimigo para buscar informações, dadas as características dos equipamentos e da capacidade de autodefesa. É uma aeronave que coleta informação de forma aprofundada no território inimigo”, afirma.

Tápio

Durante o Exercício Operacional Tápio, esse foi o cenário treinado, inclusive no período noturno. “Quando colocamos uma aeronave para fazer reconhecimento de uma determinada área, treinamos nossas capacidades de identificação de pessoal, militares e ameaças. Atualizamos o nosso campo de batalha e provemos uma segurança maior para quem vai, depois, realizar ataques ou uma missão de busca e salvamento em combate, por exemplo”, destaca o Tenente-Coronel Salvatti.

De acordo com o Comandante do Esquadrão Guardião (2º/6º GAV), Tenente-Coronel Aviador Felipe Francisco Espinha, outra capacidade explorada durante o EXOP Tápio foi a comunicação.

“Um radar de solo e uma aeronave de voo baixo não conseguem se comunicar; então, as aeronaves R-99 e E-99 realizam o papel de ponte, provemos um posto avançado de comunicação durante a operação, estendendo o alcance durante todo o exercício”, explica.

O Capitão Especialista em Fotografia William Salvador de Oliveira, também do Esquadrão Guardião, ressalta que, durante o EXOP Tápio, foi introduzido o cenário de reconhecimento de área para resgate de evasor.

“Supomos que um avião foi abatido e o piloto ejetou; a aeronave de reconhecimento participa das buscas, dando suporte na área para se certificar que seria seguro realizar o resgate, informando a posição do evasor e a aproximação inimiga a partir de sensores ópticos”, exemplifica. A FAB conta com quatro Esquadrões de Reconhecimento. Além do Poker e do Guardião, há, ainda, o Carcará (1º/6º GAV) e o Hórus (1º/12º GAV).

Fotos: Sargento Johnson Barros, Sargento Wellington Simo e Cabo André Feitosa/CECOMSAER

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