IATA – Medidas contra Passageiros Indisciplinados

DohaA Assembleia Geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, sigla em inglês) aprovou, por unanimidade, uma resolução que chama os governos e a indústria a trabalharem juntos na elaboração de medidas para conter e solucionar o problema de comportamento de passageiros indisciplinados. Essa má conduta inclui agressão física, perturbação da ordem a bordo ou desobediência às instruções legais da tripulação.

“Essa resolução confirma a determinação das companhias aéreas para defender os direitos de seus passageiros e tripulantes. Todos têm o direito de desfrutar de uma viagem livre de qualquer tipo de comportamento abusivo”, disse Tony Tyler, diretor-geral e CEO da IATA. “Muitas companhias aéreas têm treinado tanto o pessoal de terra quanto a tripulação em procedimentos não só para gerenciar incidentes de comportamento indisciplinado, mas também em medidas para preveni-los. Mas uma solução eficaz precisa de alinhamento entre as companhias aéreas, aeroportos e governos.”

A aprovação da resolução vai de encontro à conferência diplomática convocada pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), em que os governos concordaram em modernizar e fortalecer a Convenção de Tóquio 1963. O resultado, conhecido como o Protocolo de Montreal 2014 (MP14), fornece um conjunto prático e eficaz para conter o comportamento desregrado, alargando a jurisdição legal no caso de tais eventos para o território em que a aeronave aterrissar.

"Os governos têm reconhecido que o comportamento do passageiro indisciplinado é uma questão muito séria e nós aplaudimos a adoção do MP14 em uma Conferência Diplomática ICAO, no início deste ano. Agora, os governos devem ratificar o que decidiram”, disse Tyler.

A definição de comportamento indisciplinado é ampla e inclui não-conformidade com as instruções da tripulação, o consumo de drogas ilegais, assédio sexual, confronto físico ou verbal e ameaças. Em 2013, o número desse tipo de ocorrência voluntariamente reportado à IATA pelas companhias aéreas atingiu cerca de 8 mil casos. A intoxicação, muitas vezes resultante do consumo de álcool antes do embarque, está entre os fatores mais recorrentes ligados a esses incidentes. Outras causas incluem a irritação com o comportamento de outro passageiro, a frustração com as regras, como a proibição de fumar ou de usar dispositivos eletrônicos ou ainda problemas emocionais originários antes do voo.

Refletindo o amplo número de fatores associados ao mau comportamento, os princípios fundamentais da resolução têm uma abordagem abrangente para o problema. Além de chamar os governos a ratificar o MP14, esses princípios incluem convencer:

  • As companhias aéreas a garantirem um lugar nas políticas corporativas para programas de formação adequados, envolvendo tripulação de cabine e pessoal de terra, para que possam prevenir ou controlar o mau comportamento dos passageiros, inclusive no check-in ou no portão de embarque.
  • Os governos e as companhias aéreas a aumentarem a conscientização sobre as consequências do comportamento indisciplinado

“Cada incidente de comportamento indisciplinado provoca um transtorno inaceitável aos passageiros e tripulantes. Uma abordagem unida e equilibrada para a prevenção e a gestão desse tipo de passageiro por governos e indústria é vital”, afirmou Tyler. Segundo ele, os governos devem empregar os poderes legais de que dispõem para garantir que os passageiros indisciplinados enfrentem as consequências apropriadas por seus atos. “Companhias aéreas e aeroportos e outros envolvidos devem trabalhar juntos para implementar os procedimentos corretos e treinar as equipes para responder de maneira eficaz a esses episódios.”.
 

Sobre a IATA: A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) representa 240 companhias aéreas, compreendendo 84% do tráfego aéreo mundial.

 

Nota DefesaNet

O passageiro que usa o meio aéreo ao cruzar a porta de entrada da sala de embarque passa a se ser considerado como um “idiotas aerus”.

Raras informações críveis, um descompromisso de tripulações com o bem-estar dos passageiros. O mínimo de atenção ao “idiotas aerus” é uma raridade.

Fato que piorou muito em especial após as terríveis crises aéreas de 2007/2008, quando o sistema aeroviário  brasileiro entrou em colapso.

Porém não é só as empresas aéreas, o sistema aeroportuário brasileiro, administrado por acordos políticos do mais baixo nível forma as levas de “idiotas aerus” sentirem-se realmente uns idiotas.

O editor

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