Ibama quer usar VANTs para evitar crimes ambientais na Amazônia

Geiza Duarte

O Ibama quer usar uma tecnologia de guerra para combater crimes ambientais. São os aviões espiões não tripulados. São os VANTs. Os aviões não-tripulados, sem pilotos, já têm sido usados para combater incêndios florestais, mas falta escolher o melhor modelo para essa guerra contra o desmatamento.

No alto, até parece de brinquedo. O avião não tem tripulação. É movido por controle remoto e cheio de tecnologia.

O modelo, da Força Aérea Brasileira, normalmente é usado para fazer o patrulhamento de fronteiras. Pode voar a até 5.500 metros de altitude. Tem duas câmeras que filmam com nitidez. No jogo de abertura da Copa das Confederações, em Brasília, ele monitorou toda a região em torno do estádio Mané Garrincha.

Agora, é o Ibama, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, que está de olho nesses aviões. Quer comprar algumas unidades para combater crimes ambientais.

O Ibama vai definir em no máximo três meses que tipo de avião não tripulado vai ser mais útil para fiscalizar as ações de desmatamento. A tendência é que pelo um deles seja pequeno, parecido com um aeromodelo. Os aviões serão usados para facilitar a fiscalização nas áreas criticas onde os flagrantes de desmatamento são frequentes.

Só em 2012, foram devastados 4.571 quilômetros quadrados de Floresta Amazônica. Nos últimos doze meses, o Ibama aplicou 4 mil multas a desmatadores da região da Amazônia. Apreendeu 85 mil metros cúbicos de madeira serrada e em toras. O equivalente a 4290 caminhões lotados.

O coordenador de fiscalização do Ibama diz que a compra de aviões não-tripulados vai aumentar a eficiência das operações de combate ao crime contra o meio-ambiente. “Essa tecnologia é uma tendência mundial e o Ibama, acompanhando essas soluções tecnológicas, de modernização, de melhoria do seu processo de trabalho pode lançar esse equipamento, verificar as informações de campo e imediatamente tomar alguma providência. Seja pela fiscalização ou outras medidas administrativas”, explica Jair Schimitt.

É hora de avaliar bem os modelos, porque os preços variam muito. Dependendo, podem chegar a milhões de reais.

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