EUA mataram Bin Laden com arma alemã, diz revista francesa – Atualizado

Matéria atualizada com correção do especialista Alexandre Beraldi, textos corrigidos em  em itállico

Na recente operação lançada pelos Estados Unidos no Paquistão, que teve como resultado a morte de Osama bin Laden, foi utilizada uma submetralhadora em calibre 4,6x30mm MP7A1 de fabricação alemã para abater o líder da Al-Qaeda, revelou nesta quarta-feira a revista francesa Paris Match. (Stinha sido informado que era uma pistola semi-automática).

Trata-se de uma arma leve e compacta, de 41,5 centímetros, e fabricada em fibras de carbono, polímeros e metal pela empresa alemã Heckler & Koch, indicou a revista em sua edição digital.

A Paris Match argumenta que fontes do Comando Conjunto de Forças Especiais americanas confirmaram o modelo utilizado, mas acrescenta que a H&K não confirmou nem desmentiu a informação e se limitou dizer: "excelente imitação".

A revista explica que apesar de seu peso leve, trata-se de uma submetralhadora "muito potente e com um poder de fogo elevado, de 850 disparos por minuto". Sua munição, de calibre de calibre 4,6x30mm, é capaz de atravessar coletes à prova de balas.

Osama bin Laden é morto no Paquistão

No final da noite de 1º de maio (madrugada do dia 2 no Brasil), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou a morte do terrorista Osama bin Laden. "A justiça foi feita", afirmou Obama num discurso histórico representando o ápice da chamada "guerra ao terror", iniciada em 2001 pelo seu predecessor, George W. Bush. Osama foi encontrado e morto em uma mansão na cidade paquistanesa de Abbottabad, próxima à capital Islamabad, após meses de investigação secreta dos Estados Unidos .

A morte de Bin Laden – o filho de uma milionária família que acabou por se tornar o principal ícone do terrorismo contemporâneo -, foi recebida com enorme entusiasmo nos Estados Unidos e massivamente saudada pela comunidade internacional. Três dias depois e ainda em meio resquícios de dúvidas sobre o fim de Bin Laden, a Casa Branca decidiu não divulgar as fotos do terrorista morto. Enquanto isso, Estados Unidos e Paquistão debatem entre si as responsabilidades e falhas na localização do líder da Al-Qaeda.

Comentário e Análise por Alexandre Beraldi
introduzido 18:25 11 Maio 2011

A submetralhadora Heckler und Koch MP7 A1 é uma evolução da linha de produtos da famosa fabricante alemã de armas no campo das Personal Defense Weapons (PDW). O conceito de PDW foi elaborado pela OTAN visando a criação de uma nova categoria de armas para tropas de segundo escalão, não envolvidas em combates diretos de infantaria, que fosse mais compacta e com melhor portabilidade que uma submetralhadora, mas que ao mesmo tempo fosse mais precisa, com maior alcance  e maior poder de fogo que uma pistola, sendo mais eficaz que ambas no combate a oponentes usando vestes anti-fragmentação ou coletes balísticos leves, cada vez mais comuns nos exércitos mundo afora.

A MP7 A1 se encaixa perfeitamente neste conceito. Pode ser portada como uma pistola, num coldre sub-axilar ou num coldre de perna disponibilizados pela própria HK, quando com a coronha telescópica recolhida e equipada com um carregador de 20 cartuchos que não se protubera da empunhadura. Já em configuração de combate aproximado, com a coronha estendida e equipada com um carregador de 40 cartuchos, oferece o mesmo poder de fogo que a tradicional Mini Uzi, mas com a vantagem do menor peso, menor recuo e capacidade de superar blindagens leves.

A linha de submetralhadoras MP7 e MP7 A1 da HK está em uso pelo Exército Alemão, sendo parte do programa de modernização de soldados daquele país, onde substituiu as submetralhadoras UZI israelenses anteriormente utilizadas e mais um grande número de pistolas e fuzis de assalto compactos nas mais diversas missões e Unidades. É usada também pelo famoso grupo anti terrorista alemão GSG9, além de ter sido adotada pelas forças armadas ou pelos ministérios da defesa da Inglaterra, Noruega, Irlanda, Jordânia e Oman, bem como por unidades de elite das forças armadas dos EUA (SEALs), Coréia do Sul, Austria e Albânia.

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