Guerrilha do ELN diz que também quer trabalhar pela paz

O líder da guerrilha colombiana ELN (Exército de Libertação Nacional, guevarista), conhecido como Gabino, pediu às Forças Armadas que trabalhassem para pôr fim ao conflito armado no país, em um vídeo divulgado em 3 de janeiro na página dos insurgentes na internet.

“É necessário haver grandeza hoje para se atingir a paz. E devem trabalhar por ela ainda mais” aqueles que “sofreram e fizeram a guerra em sua mais profunda crueldade”, afirmou o chefe rebelde, cujo nome verdadeiro é Nicolás Rodríguez.

O ELN, a segunda maior guerrilha da Colômbia, com 2.500 combatentes, manifestou publicamente sua intenção de iniciar diálogos de paz como aqueles que o governo vem mantendo em Cuba com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), desde novembro.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, mostrou-se disposto a manter conversações com o ELN mas pediu tempo e discrição para efetuar os contatos.

Uma delegação do governo e outra das FARC começaram os diálogos no dia 19 de novembro passado em Havana, Cuba. Atualmente o processo está em recesso, até o próximo dia 14 de janeiro.

As FARC decretaram uma trégua em suas ações ofensivas desde o dia 20 de novembro até 20 de janeiro próximo. Paralelamente, as forças militares decidiram não cessar sua ofensiva contra a guerrilha.

Na mensagem, dirigida especialmente aos comandantes militares, Gabino também pediu “uma profunda reflexão e total respaldo a este processo de paz e a todos os esforços empreendidos em seu favor”.

No vídeo, de 6 minutos e 47 segundos, o chefe insurgente pede ainda a “ativa participação” dos intelectuais e jovens colombianos com o objetivo de solucionar o conflito armado no país, que já se estende há quase meio século.

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