Venezuela – Desfile Militar 1º Ano da Morte de Chávez

Nota DefesaNet

Fotografias da Agência AVN e Noticias24.
Texto Agência Reuters

O Editor


Por Esteban Israel e Deisy Buitrago
Agência Reuters

CARACAS, 5 Mar (Reuters) – A Venezuela lembrou nesta quarta-feira um ano da morte do ex-presidente Hugo Chávez, uma jornada de elevada voltagem emocional com desfiles e protestos neste dividido país sobre o legado do líder socialista.

Com a faixa amarela, azul e vermelha da bandeira venezuelana atravessada no peito, o presidente do país, Nicolás Maduro, liderou um desfile militar diante de milhares de simpatizantes com camisetas vermelhas que diziam "Eu sou Chávez".

"Após um ano da partida do nosso comandante-chefe, aqui está a revolução bolivariana", disse Maduro. "Aqui estamos, mais unidos do que nunca."

Uma salva de canhão lembrou às 16h25 (17h55 em Brasília) o momento exato da morte de Chávez, que governou o país por quase uma década e meia até ser derrotado por um câncer em 5 de março de 2013.

O dia tem um forte simbolismo na Venezuela, onde 18 pessoas morreram no último mês em uma onda de protestos contra o governo de Maduro.

Metade dos venezuelanos adora Chávez por ter usado a receita petrolífera do país para melhorar a qualidade de vida de milhões de pobres. O líder socialista ganhou todas as eleições nas quais se apresentou como candidato.

"Chávez vive e continuará vivendo", disse Isabel Olivares, dona de casa de 54 anos, presente no desfile.

Mas é um dia de más lembranças para a outra metade da Venezuela, que sempre o considerou um líder autoritário que desperdiçou os recursos do país, hostilizou o setor privado e tentou se perpetuar no poder como seu amigo, o líder cubano Fidel Castro.

Centenas de estudantes opositores começaram a se reunir na tarde desta quarta-feira na Praça Altamira, no leste de Caracas, epicentro dos protestos.

Alguns bloquearam as ruas com troncos, chapas e lixo. Outros levaram máscaras de gás, antecipando possivelmente outra jornada de confrontos com as forças de segurança.

"Não estamos pedindo a renúncia (de Maduro), porque é um presidente constitucional e sabemos", disse Ángel Santana, um jovem de 22 anos com um boné de beisebol com as cores da bandeira venezuelana e uma máscara de pintor pendurada no pescoço.

"Mas queremos, sim, que tome medidas sobre a crise econômica, a insegurança, os alimentos, os hospitais sem produtos."

Chávez foi lembrado em uma cerimônia liderada por Maduro no mausoléu onde está seu corpo, dentro do quartel onde comandou um fracassado golpe de Estado que lançou sua carreira política em 1992.

Os protestos não parecem ameaçar o jovem governo de Maduro, mas expuseram o profundo descontentamento popular pela inflação galopante, a escassez de alimentos e a violência fora de controle na nação de 29 milhões de habitantes.

Chávez também foi homenageado por alguns de seus vizinhos de esquerda, aos quais ajudou com seu petróleo na tentativa de conter a influência dos Estados Unidos na América Latina.

O presidente cubano, Raúl Castro, depositou uma flor branca sobre o caixão do homem que ajudou seu país com petróleo e investimentos. Também compareceram o mandatário boliviano, Evo Morales, e o nicaraguense, Daniel Ortega.

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