Dados comprovam que as atividades do Exército contribuem para um meio ambiente equilibrado

A imensidão do território brasileiro é repleta de paisagens contrastantes, coexistindo regiões semiáridas, como as do bioma Caatinga, e úmidas, como as dos biomas Amazônia e Mata Atlântica. São esses extremos que consolidam uma grande diversidade de habitats que resultam em uma riqueza extraordinária de espécies de fauna e flora no Brasil.

O Exército também tem sua grandiosidade e seus contrastes. Por exemplo, existem quartéis e áreas militares localizados em todos os biomas brasileiros. Com relação ao emprego, a diversidade de ações desenvolvidas pela Força Terrestre também orbita em extremos, como é o caso das ações voltadas para a proteção armada (o “braço forte” da Força), e aquelas que colaboram com o desenvolvimento do País (a “mão amiga”).

Nas últimas décadas, a Força Terrestre vem fortalecendo suas ações voltadas à conservação da natureza, quebrando paradigmas e preconceitos, mostrando que pode ser considerado um exemplo no caminho para o desenvolvimento sustentável.

 

Um dos destaques disso é a relação entre as áreas de seus Campos de Instrução, que possuem enorme extensão, e a conservação de recursos naturais. Em sua maioria, esses locais passaram para a responsabilidade do Exército na primeira metade do século XX, antes eram propriedades rurais destinadas à pecuária e ao plantio de cana-de-açúcar nos antigos engenhos.

Após décadas, pode-se ver os frutos da utilização sustentável desses campos. As áreas que eram degradadas, descartadas como de importância ecológica relevante, atualmente são florestas e savanas recuperadas, incluídas novamente no processo de sucessão ecológica, que fortalecem corredores biológicos, sustentam nascentes vigorosas e protegem o solo, a fauna e a flora.

Esse processo de recuperação é contínuo devido à forma consciente e sustentável com que a Força Terrestre adestra suas frações nas atividades de treinamento, sabendo mitigar impactos e promover a vida.

Exemplo como esse pode ser denominado de “Serviço Ecossistêmico Militar”, um conceito novo que vem sendo pontuado em revistas científicas relevantes, como a Ecological Indicator Journal e South African Geographical Journal, onde dados demonstram que as atividades militares podem ter vínculos frutíferos em prol de um meio ambiente equilibrado. Essas revistas apontam que as ações desenvolvidas pelas Forças Armadas em florestas inibem a atuação de caçadores e madeireiros e outras práticas que degradam o meio ambiente.

 

Vivemos em um País com abundância de recursos naturais, sendo a biodiversidade o mais frágil e importante desses recursos. Estima-se que cerca de 20% das espécies existentes no mundo (fauna e flora) estejam no Brasil, ou seja, somos megadiversos. Espécies importantes em termos econômicos, sociais e ambientais. Quanto mais espécies conservadas, tende-se a ter maior proximidade de um equilíbrio ambiental e com isso maior qualidade de vida para a humanidade. Para conservar essas espécies, são necessárias áreas naturais, essencialmente grandes e que fiquem conectadas a outras, justamente o que os Centros de Instruções do Exército vêm promovendo.

Temos um mundo onde a conservação da natureza ainda é tratada de forma pouco eficaz, pois se calcula que temos mais de 40% das florestas tropicais destruídas ou em processo de arenização; e 60% dos serviços ecossistêmicos estão degradados, incluindo a distribuição mais igualitária de chuvas, a purificação e filtragem da água, controle hidrológico, a formação de solos, a polinização, e até mesmo o controle climático.

Por isso, fica mais que óbvio que os exemplos do Exército Brasileiro são cruciais para um desenvolvimento sustentável.

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